Crime ocorrido há mais de uma década chegou ao desfecho ontem pela Justiça de Rio Negrinho. O soldado da polícia militar Pedro Sérgio era acusado de tentativa de homicídio. De acordo com o Ministério Público, os fatos aconteceram no dia 26 de outubro de 2002.
O acusado não estava em serviço no dia da ocorrência. Ele também vinha sendo acusado pela vítima de tentativa de homicídio por meio de uma emboscada, tudo em decorrência de uma suposta dívida de aproximadamente R$ 280.
Pedro respondia pelo crime de homicídio tentado duplamente qualificado por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima.
No dia dos fatos, José Ilhes, conhecido como Pipoca, retornava para casa de madrugada, já que era vigia em uma empresa. Quando chegava perto de sua casa, vários tiros foram disparados na direção de José, que conseguiu ir até a própria casa pedir ajudar. O soldado era vizinho de José e recaiu a ele a culpa dos disparos, ocorrido naquela noite fria, na rua Alfredo Greipel, no bairro Vila Nova.
A defesa do policial, feita pelo advogado Antônio Carlos Brasil de Oliveira, juntou provas e testemunhas que o policial não efetuou qualquer disparo. Momentos antes, um bar situado na mesma rua teria sido alvo de tentativa de arrombamento, quando um segundo vizinho teria visto uma pessoa seguindo para o matagal, apenas informando que estava com roupa preta, se tratando de um arrombador. A defesa comprovou ainda que o soldado não saiu da residência naquele horário e que estaria em casa com familiares.
Dos disparos feitos contra a vítima, dois acertaram: um de raspão e outro no abdômen. Não deixaram sequelas na vítima. Já o acusado permaneceu na PM, visto que o advogado de defesa revela que é um soldado exemplar no município. “Essa acusação não passou de uma confusão. Realmente se fez justiça, todos os jurados pensaram da mesma forma”, comemora o advogado.
