O Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região acusa a empresa multinacional PK Cables do Brasil, instalada no distrito de Fragosos, em Campo Alegre, de demitir cerca de 25 funcionários por justa causa após um manifesto ocorrido no dia 19. Segundo o sindicato, os trabalhadores do turno matutino e da área comercial paralisaram suas atividades para fazer reivindicações após assembleia realizada em frente à empresa, dias antes. Entre os pedidos estava a Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A pauta
Na pauta de reivindicações divulgada pelo Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, a qual seria discutida nas próximas reuniões, constam itens como a discussão do PLR para 2014 até o dia 30 de junho; a capacitação para liderança e organização até o dia 30 de agosto; o abono das horas dos dias de paralisação dos participantes; a disponibilização de transporte imediato em caso de emergência; e a revisão do plano de cargos e salários até 30 de agosto, entre outros.
Sem contato
A Gazeta tentou contato com a empresa por diversas vezes, inclusive através do telefone disponibilizado no site oficial da companhia, mas não obteve êxito.
De acordo com o sindicato, no dia 19 foi realizada uma reunião com a diretoria da empresa, juntamente com uma comissão de funcionários e de sindicalistas. Depois do encontro, ressalta a entidade, foi firmado um documento estabelecendo prazos para as reuniões seguintes. “Após votação, o sindicato orientou que todos retomassem as atividades, entendendo que as solicitações seriam atendidas ou, ao menos, negociadas”, divulgou a entidade, acrescentando que, anteriormente, os trabalhadores já haviam reivindicado o PLR por meio de um abaixo-assinado.
Para o sindicato, as demissões foram ocasionados devido ao manifesto. Segundo nota distribuída pela entidade, “foi uma forma de retaliação pelo ato pacífico e legítimo”. “Repudiamos tal atitude, por entender que a empresa reprimiu o direito constitucional de livre associação e liberdade de expressão para reivindicação de direitos. Solicitamos que haja uma retratação por parte da direção da PKC e que as demissões sejam revogadas imediatamente. Todas as medidas judiciais foram adotadas pelo sindicato em assistência aos trabalhadores que foram humilhados pela empresa PKC com estas demissões injustas, abusivas e ilegais”, argumenta o sindicato, acrescentando, também, que outros funcionários estariam sendo coagidos e sofrendo assédio moral.