Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Setembro Amarelo: Chorar não é sinal de fraqueza

• Atualizado 1 anos atrás.

Todos os dias, passamos por diversas situações difíceis em nossas vidas. A forma como lidamos com elas é que vai nos moldar para o futuro.

“Quando criança, escutamos que não devemos chorar e a gente aprende que não pode chorar, que é sinal de fraqueza. Engole esse choro. Parece que sempre temos nossos sentimentos invalidados. Quando crescemos, não conseguimos lidar com os sentimentos reais. São frases que aparentemente não dizem nada, mas com a repetição durante anos, podem se tornar um peso muito grande. É normal escutar também: Ah, mas tem gente passando por coisa pior. Como se houvesse uma métrica dos problemas, quando na verdade cada um sofre do seu jeito!”, explica a psicóloga Magda Linzmeyer.

“A gente ouve que é frescura, que ir ao psicólogo é coisa de louco. Esses rótulos fazem com que as pessoas se afastem dessa ajuda profissional. Nem sempre os amigos e a família vão conseguir ajudar”, completou Magda.

Não é sinal de fraqueza!
Outro comentário que se houve quando alguém comete suicídio é que aquela pessoa era fraca, que não suportou seus problemas.

“Pra pensar nisso, ter a ideia de cometer suicídio, precisa ter muita coragem! Esse estereótipo de que chorar é sinal de fraqueza, é muito presente em nossa sociedade, principalmente em relação aos homens. Eles tem toda aquela máscara de que precisam ser fortes e que falar sobre suas emoções vai ferir sua masculinidade. E é o contrário, forte é quem permite aceitar que precisa de ajuda. O suicídio é uma das últimas saídas, quando a pessoa já tentou tudo o que tinha nas mãos e não deu certo”, lembrou a psicóloga.

Também, o suicídio e a depressão não possuem relação com religião ou poder aquisitivo. “Não é falta de Deus ou de reza. A religião pode ajudar a enfrentar as coisas difíceis da vida de uma forma mais saudável, mas quem está doente não é por falta de Deus”, disse Magda.

“Escutamos também que: ‘Ah mas a pessoa tem tudo, não falta nada’. Coisas materiais não substituem o imaterial. Tem pessoas com muito dinheiro sofrendo também. Se o material suprisse, não teríamos pessoas ricas adoecendo”, completou.

Busque ajuda
A primeira coisa a se fazer é olhar ao seu redor se há alguém de confiança que possa lhe ajudar. Ter essa rede é fundamental, mas nem sempre ela é suficiente.

“Existem psicólogos particulares e tem pelo SUS também. O encaminhamento é feito pelo posto de saúde do bairro. A pessoa marca uma consulta e o médico do posto encaminha para o psicólogo. Temos também as universidades. A Univille, em São Bento do Sul, presta atendimento gratuito com os estagiários de Psicologia. Eles tem uma clínica-escola com vários estagiários atendendo tarde e noite. É só entrar em contato com a Univille e ficar na lista de espera. Temos também o CVV (188) com profissionais do Brasil todo! O importante é falar, colocar para fora isso que está lhe incomodando”, ressaltou a profissional.

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