O vice-presidente nacional da PK Cables do Brasil, Waldery Costa e Silva, rebateu, na semana passada, as acusações feitas pelo Sindicato dos Mecânicos de Joinville e região, que acusou a multinacional de retaliar funcionários que participaram de uma manifestação no último dia 19, demitindo-os por justa causa. Waldery confirma as demissões e dá a versão da empresa para o ocorrido.
Segundo ele, na convenção coletiva de trabalho deste ano, discutida entre o sindicato patronal e o sindicato dos empregados, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) sequer esteve em pauta. Waldery explica que, no dia 16, o sindicato já havia promovido uma mobilização, até mesmo de posse de um abaixo-assinado. “Porém, a convenção coletiva já estava fechada”, relata. “O que o sindicato fez foi algo imaturo, irresponsável e ilegal”, critica. “O ato teve motivação política e foi uma ação de marketing”, declara Waldery, citando que o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de São Bento do Sul e Campo Alegre (Siticom) também participou.
Em meio a cerca de 200 manifestantes, comenta o vice-presidente, foram identificadas 23 pessoas que, no entendimento da companhia, deveriam ser demitidas por justa causa. “Essa atitude nos deu o embasamento legal para considerarmos abandono de emprego”, explica.
Waldery relata ainda que funcionários que não participaram do movimento foram desacatados por manifestantes. Waldery também aponta a falta de comunicado oficial do sindicato para a paralisação, o qual, segundo ele, deveria ter sido feito 24 horas antes. Os funcionários não receberam água nem alimentação durante o ato, de acordo com o vice-presidente da empresa. Ele ressalta, ainda, que o caso está nas mãos do departamento jurídico da companhia. “Não praticamos ilegalidades nem ameaças aos funcionários”, atesta.
