O tempo colaborou e, a exemplo do que ocorreu em dezembro, o pátio do Museu Municipal Dr. Felippe Maria Wollf recebeu dezenas de pessoas no domingo, ocasião em que foi realizado o evento Palco Plural da Cultura Livre, promoção da Fundação Cultural, encerrando a Semana Nacional de Museus.
Logo depois do almoço, por volta das 14 horas, tiveram início as primeiras atrações, com apresentação de capoeiristas dos grupos Conceição da Praia e Capoeira São Bento, via projeto De repente cultura. Bruno Lopes brindou a todos com composições próprias, influenciadas pela MPB e pelo jazz. Em seguida, foi a vez da banda Free Four, que executou vários clássicos do rock’n’roll, tanto nacionais como internacionais. A Cia Caravana do Sonhar, por meio dos atores Rafael Nagel e Alessandra Nascimento, apresentou o espetáculo teatral Kamishibai, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) de São Bento do Sul.
Público pede mais
A reportagem conversou com várias pessoas que acompanharam o evento. A maioria sente falta deste tipo de entretenimento na cidade.
“O evento foi muito bacana. Acho que deveríamos ter algo assim mensalmente ou, pelo menos, a cada dois meses”
Luiz Henrique Berkenbrock, o “Luke”, 43 anos, morador do Centro
“Em minha opinião, deveria ter todo mês”
Nayara Fritz, 22 anos, moradora do bairro 25 de Julho
“Eventos como esse deveriam ser realizados mais vezes em nossa cidade. Todos nós, inclusive crianças e famílias, pudemos aproveitar para visitar o museu e escutar boa música. Isso demonstra que cultura não tem lugar, e que levar o evento ao museu foi uma forma inovadora de desenvolver o entretenimento em São Bento do Sul”
Luiz Augusto Kuczmann, 26 anos, morador do bairro Schramm.
“Todo mundo parou para ver e ouvir. Foi um evento memorável”
Alessandra Nascimento, atriz
A banda Booze n’ Blues, como seu próprio nome entrega, foi a responsável por fechar a programação, já à noite, com muito blues. Como novidade, a banda contou com participações especiais, agregando ao repertório o violino e instrumentos de sopro, como saxofone e trompete.
Na opinião do ator Rafael Nagel, a programação no museu foi uma oportunidade para as pessoas em geral saírem de casa para curtir atrações artístico-culturais e para aproveitar um momento de lazer e entretenimento depois de uma semana de trabalho. “Foi um evento de extrema importância, que tende a crescer cada vez mais”, diz. Ele destaca a questão da mobilidade e do acesso facilitado, pois o museu localiza-se em área central, ao lado do terminal e da rodoviária, em ambiente a céu aberto e sem cobrança de ingresso.
Rafael conta que um casal do interior de São Paulo – que estava hospedado em Corupá – soube do evento e esteve em São Bento do Sul para prestigiá-lo. O ator também destaca a grande quantidade de crianças e pessoas de diferentes idades, bem como a presença de um público variado, que aprecia diferentes formas de expressão artística. “Vejo que o evento envolveu uma questão cultural mais ampla, com respeito ao espaço e socialização entre as pessoas”, registra.