Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Mãe e filha gestantes passam por dificuldades

• Atualizado 10 anos atrás.

Aos 43 anos, Marlene não imaginava mais que sua vida poderia mudar de forma tão drástica e rápida. Separada recentemente de um companheiro, ela descobriu estar no quarto mês de gestação de duas meninas. Como se não bastasse, sua filha de 16 anos também está grávida de um ex-namorado.

A família – que conta ainda com outros três filhos de Marlene, com 23, 12 e 8 anos – vive da aposentadoria do avô, aposentado por uma indústria têxtil e que recebe em torno de R$ 720 mensais. Para auxiliar na renda, ele atua no bairro Serra Alta na coleta de materiais recicláveis. “Não ganho muito, mas dá uma média de R$ 100 por mês, que já ajuda a pagar o mercado”, disse. Apesar de todas as dificuldades, o homem não reclama de ter que trabalhar e ajudar a filha. “Moro numa casinha aos fundos da casa dela, somos uma família e precisamos nos ajudar”, complementa o idoso.

Há três meses, Marlene se separou do último companheiro, com quem vivia há alguns anos, e a surpresa veio semanas depois, quando descobriu estar grávida de gêmeas, duas meninas que devem nascer no início de outubro. “Já pensei tanta coisa, mas ainda não sei exatamente como as coisas vão acontecer. Pensei até em deixar as crianças para adoção, mas eu não conseguiria conviver com isso pelo resto da minha vida. Espero conseguir condições para criar as meninas”, disse.

Outra preocupação de dona Marlene é que a filha de 16 anos, que estava namorando um rapaz de Serra Alta, também acabou engravidando e, assim como a mãe, ela foi deixada pelo namorado. “A gente está conversando, ele já disse que pretende me ajudar, e existe a possibilidade de reatarmos o relacionamento. Mas, por enquanto, minha preocupação é ter a criança e dar o melhor que puder para ela”, disse a adolescente. Apesar de não poder trabalhar, a menina sonha em terminar os estudos a partir do próximo ano e completar logo a maioridade para trabalhar e garantir o sustento do filho.

Ajuda

Dona Marlene diz que não precisa de muita coisa para viver, apenas a condição para alimentar os filhos e algumas “coisinhas” que vai precisar para dar suporte às filhas que vão nascer. “Minha filha e eu vamos precisar de berço, guarda-roupa e algumas roupinhas, já que não temos condições de comprar agora. A preocupação maior são as fraldas, mas sei que Deus vai nos ajudar, e vamos vencer as dificuldades”, encerra Dona Marlene.
A família reside em uma rua lateral da Carlos Goertler, em Serra Alta. Quem tiver interesse em ajudar pode obter mais informações pelo 9681-2358.

Dificuldades
O problema maior para as duas gestantes é que dona Marlene, que não conseguiu concluir sequer a fase de alfabetização, não tem trabalho. “Temos que fazer milagre com o que o pai ganha, e sorte que ele nunca reclamou em ter que nos ajudar e sustentar os meus filhos”, complementa a dona de casa, emocionada por falar das dificuldades.

O pai das crianças, hoje residente em outro bairro, tem se esforçado para ajudar a filha gestante, mas, como também é operário da indústria local, pouco consegue fazer para o sustento dos filhos e da ex-esposa. “Ele tem a vida dele agora. Como eu estava em outro relacionamento, preferi não ficar cobrando as coisas dele”, acrescenta a mãe.

O pai de dona Marlene também passa por algumas dificuldades. Além de conviver com a doença de Parkinson, ele sofre de hipertensão.

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