A rotina de Jaqueline Machado de Lima, em São Bento do Sul, é transportar centenas de passageiros diariamente pelas ruas do município. Ela trabalha pela Coletivos Rainha e é a única motorista do transporte coletivo, apenas a terceira mulher a atuar com esta profissão na empresa. Por onde passa, ela é chamada de Tia Jaque, principalmente pelos alunos.
Um dos momentos preferidos durante sua jornada é justamente quando chega da saída das escolas. “Amo muito quando chega a hora de buscar meus aluninhos, na parte da tarde. Eles tem na faixa de 6 a 14 anos. É muito gratificante, eles me dão abraços e falam “oi tia, como você está?”. Sou tia de todo mundo, tenho muitos sobrinhos”, brincou Jaqueline.
Questionada sobre a condução de um veículo tão grande, ela conta que já se acostumou à ferramenta de trabalho. “No começo eu morria de medo. Não me via dirigindo um ônibus grande, achava que seria uma van ou um micro-ônibus. Hoje não consigo dirigir o micro, quero o grande. Quanto maior, melhor”, ressaltou.
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Preconceito e orgulho
Nesta profissão, Jaqueline conta que já foi vítima de preconceito, tanto de homens quanto de mulheres. “Já sofri muito preconceito, de homens e de mulheres. Eu ergo minha cabeça e não falo nada, eles não estragam o meu dia”, disse. “Tive muito apoio do meu marido, da minha família. E isso me ajuda muito”, completou.
Sobre seu ganha-pão, ela afirma que possui muito orgulho do que faz todos os dias. “Tenho muito orgulho. Amo fazer o que estou fazendo, me sinto realizada, é muito massa! Mulheres, corram atrás do seu sonhos, não só de motorista, mas de qualquer outra profissão. Alguma coisa você tem que gostar de fazer e o dia que você acha o que gosta de fazer, você se ama, é tudo de bom! Corram atrás dos seus sonhos sem medo”, enfatizou.
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