Seis meses após uma cratera se formar na Rua Romualdo Quint, no bairro Rio Negro, a via ainda permanece interditada para a passagem de veículos. A madrugada do dia 12 de julho permanece na memória dos moradores da via, principalmente daqueles que residem em frente ao local onde o enorme buraco surgiu. Conforme estudos, será preciso um investimento de quase R$ 2 milhões para recuperar a rua.
O engenheiro Marcelo Laynes Milla é o responsável pelos trâmites para reconstrução da via e fiscal da prefeitura na obra. “Diante do decreto de emergência que foi feito, conseguimos dispensa de licitação para contratar um laudo pericial que custou R$ 113,5 mil e apontou possíveis causas do problema, além de soluções para a reconstrução da via com as devidas obras acautelatórias necessárias. Nessa fase pericial, foram executados diversos ensaios geotécnicos na região afetada”, explica.
Após essa fase, iniciou-se a contratação do projeto executivo, que teve um custo de R$ 29,5 mil. “Esse projeto abrange topografia, desenhos e representações, detalhamentos, cortes esquemáticos, orçamento, cronograma físico-financeiro da obra, memorial descritivo, planilha de BDI, enfim, tudo que é necessário para encaminhar o projeto à licitação e contratação de empresa especializada nesse tipo de obra para executar o serviço”, comentou o engenheiro.
O orçamento total ficou em R$ 1,81 milhão, valor relativamente menor que os R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões estimados pelo perito que fez o laudo do desabamento. “No momento, estamos em tratativas finais com a Defesa Civil Nacional, em Brasília, para tentar captar esse montante e executar a obra. No entanto, caso não seja possível a vinda dos recursos através da União, o prefeito Tomazini já garantiu que a obra será executada com recursos do próprio município”, assegurou Milla.
Problema antigo
Aberto nos anos 1960, o loteamento em questão sofre com problemas semelhantes desde então. Tanto que parte de outra via próxima, a Paulo Taschek, nos fundos do Fórum, também desmoronou. Ainda, em 2013, uma casa foi arrastada em outra via próxima daquela área.
Assim que o problema ocorreu, funcionários da empresa Concretiza, vencedora da licitação para pavimentação da Romualdo Quint, foram até o local para auxiliar na contenção da cratera. Conforme Tiago Luy, proprietário da empresa, a drenagem foi realizada conforme o projeto e a obra seguia sem maiores problemas até o desabamento após as chuvas. “Quando forem restaurar a cratera, provavelmente iremos terminar de colocar os pavers. Nosso contrato era somente com a pavimentação”, afirma Luy.
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