Canto das Arapongas é nova área de proteção ambiental em São Bento do Sul

São Bento do Sul acaba de ganhar mais uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) federal. A nova unidade de conservação, denominada “Canto das Arapongas”, foi oficialmente criada em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, por meio de uma portaria publicada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

A área protegida abrange 13,86 hectares na Mata de Araucárias – bioma considerado o mais ameaçado do Brasil – e está localizada no bairro Centenário. O local pertence ao Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, ONG sediada em Guaramirim, e foi doado por Marisa Néli Basso, falecida em 2024. Foi ela quem escolheu o nome da reserva, inspirado na presença constante da ave (araponga) na mata.

Além da importância ambiental da vegetação nativa preservada, a nova RPPN tem um papel estratégico na proteção hídrica: ela abriga nascentes do rio Vermelho, de onde é extraída a água fornecida à população são-bentense. Segundo Germano Woehl Júnior, um dos fundadores do Instituto Rã-bugio e proprietário da RPPN, a Reserva engloba uma área de manancial que fica próxima à Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Vermelho/Humbold. “Dessa forma, a RPPN ampliou a área de proteção dos mananciais. É uma unidade de conservação de proteção integral”, explica.

Vistoria técnica
O próximo passo será a elaboração do Plano de Manejo, documento que estabelece as atividades permitidas em uma unidade de conservação desse tipo, como educação ambiental e ecoturismo, por exemplo. Com esta, chega a 13 o número de RPPNs criadas pelo casal Germano Woehl Jr. e Elza Nishimura Woehl em Santa Catarina.
Juntas, essas reservas somam quase mil hectares de áreas protegidas. O casal já é reconhecido por deter o maior número de RPPNs do Brasil.

Outras duas
São Bento do Sul tem outras duas Reservas, a RPPN Ano Bom, com 88 hectares, e a RPPN Pinheirinho 23, com 22,04 hectares.