Nos últimos dias criou-se uma expectativa sobre o resultado da pesquisa encomendada por A Gazeta referente ao cenário político de São Bento do Sul. O resultado é que o prefeito Antonio Tomazini (PSDB) segue à frente em diferentes cenários, e com uma avaliação positiva de sua gestão.
As entrevistas foram realizadas há cerca de 10 dias, quando estavam iniciando as polêmicas em torno da Expoama e outras mais. De qualquer forma, pesquisa reflete o momento, e não o futuro. Ou seja, nada está descartado, nem que o prefeito possa seguir em alta, como ele possa cair e outro nome surgir.
Também ficou claro no levantamento que o grande adversário de Tomazini será o PP. No embate direto contra César Pacheco, o atual prefeito sente uma forte redução nas intenções de votos, assim como em diferentes pesquisas nomes ligados ao PP aparecem sendo citados, como Pacheco, o ex-prefeito Magno Bollmann e os vereadores Zuleica Voltolini e Adriano Reinhardt (Chicão).
Em o PP entrando unido para a disputa eleitoral, o partido tem grande potencial para crescer, especialmente porque os números deixam pouco espaço para que Tomazini cresça, pois já está no topo, quando a tendência é só cair caso outros nomes comecem a ganhar força.
Porém, a situação no PP ainda pode dar uma esquentada. Apesar de todas as apostas em torno de César Pacheco, o vereador Adriano Reinhardt (Chicão) também fincou o pé como pré-candidato e está trabalhando.
Outro ponto que pode dar dor de cabeça está no fato do ex-prefeito Magno Bollmann também querer voltar para o cenário político. Chicão e Bollmann defendem mais lá na frente a realização de uma pesquisa interna para definir quem será o candidato. Quanto a Zuleica, a hoje presidente da Câmara já disse que não pretende concorrer à majoritária. Seu objetivo é, no máximo, ser vice.
Também não é surpresa alguma que a imensa maioria das pessoas entrevistadas está indecisa quanto a possíveis nomes para votar no próximo ano. Via de regra, são apenas os próprios políticos e mais um ou outro que neste momento tem interesse na questão eleitoral.
O público em geral quer distância e só vai passar a pensar em quem poderá votar lá no fim do período eleitoral. É muito comum também em pesquisas feitas no início do período eleitoral o número de indecisos ser bastante elevado.
Nome recorrente nas pesquisas, a vereadora Carla Hofmann (PSD) com seu desligamento do governo e adotando uma postura mais combativa, tende a crescer. Não apenas por criticar, mas ela tem algo que falta para muitos: poder de articulação e oratória.
Carla, professora e advogada, fala e se expressa bem, conseguindo entrar em debates mais intensos e colocar suas opiniões com embasamento. Explorando mais estas virtudes, ela pode acabar se destacando ainda mais.
Já o MDB, que há muito sofre com enfraquecimento, hoje tem como maior nome ainda o ex-prefeito e ex-vereador Fernando Mallon. Ele foi o que mais se destacou dentro da sigla na pesquisa feita por A Gazeta.
Ficou à frente do ex-vereador Luiz Sieves, que alguns dizem poder retornar ao partido para ser candidato. O que tem deixado Mallon em destaque nos últimos meses é o fato dele estar na assessoria jurídica do sindicato dos servidores públicos municipais. E nesta briga pelo piso do magistério, Mallon acaba tendo mais apoio da categoria.
Quem também deverá voltar a ter candidato no próximo ano em São Bento é o PT. Citada como pré-candidata do partido está Jaciara Machuga. Ela inclusive tem circulado pela cidade e participado de eventos organizados pelo partido em Brasília. Recentemente esteve em um encontro na capital onde foram apresentados programas federais e a importância que cada um tem para os municípios.
Restando pouco mais de um ano para as eleições, apesar de já estar ficando curto, porém ainda há tempo para surgir um novo nome ou ocorrer algum fato que mude por completo o cenário atual em São Bento do Sul.
Sem contar que a pesquisa de hoje só fala de nomes a prefeito, não são levadas em consideração possíveis coligações, nomes de vice, alianças políticas e tantos outros fatores. Tudo isso só poderá realmente ser medido depois das convenções e oficialização dos nomes, em agosto de 2024.
E de dentro do PP também já vieram as alfinetadas a Tomazini. Dizem que com as “trapalhadas” atuais da gestão do PSDB, boa parte dos 72% tendem a migrar para o lado progressista. Além disso, avaliam que prefeito com somente 22% de intenções não consegue se reeleger. Para lideranças progressistas, a pesquisa deu ainda mais gás para trabalhar.
Isso sem contar que possíveis alianças com outros partidos podem impulsionar ainda mais a candidatura progressista, enquanto que pelo lado do PSDB, está tudo definido com Tomazini e Tirso Hümmelgen. Então, na avaliação que se faz, o prefeito já está no topo e a tendência é apenas cair.
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