O escritório de advocacia Grossl & Büttelbrun, que defende a Imperium Tacabaria, publicou na tarde desta quarta-feira (7) uma nota de esclarecimento, na qual afirma que a empresa não tem responsabilidade sobre as agressões sofridas pelo taxista Augusto Biaobok, de 67 anos, em São Bento do Sul. O caso ocorreu em novembro do ano passado.
Conforme a defesa do bar, as agressões ocorreram em outro local, e não dentro do estabelecimento. “Ou seja, a empresa não tem qualquer responsabilidade sobre o ocorrido”, diz trecho da nota.
O taxista havia feito uma corrida com três mulheres e ao sair do ponto, nas proximidades da rodoviária, algumas pessoas tentaram parar o veículo, o que fez o motorista desviar dessas pessoas para não as atropelar.
Após retornar da corrida, os agressores foram até o ponto de táxi e perguntaram de quem era o veículo. Após Augusto se identificar, começaram as agressões. Ele foi atingido por soco e chutes, mesmo quando já estava caído. Câmeras de segurança flagraram todas as agressões, e as imagens repercutiram em todo o Estado.
Um dos agressores era segurança e o outro era proprietário da Imperium. Segundo eles, as três mulheres que o taxista levou para casa haviam arrumado confusão dentro do estabelecimento e, depois de serem retiradas do pub, começaram a depredar o local. Depois, foram embora de táxi.
A defesa afirma que, por conta de reportagens sobre o tema, a reputação do estabelecimento ficou manchada. “A empresa é a maior prejudicada com toda essa situação, pois, após as reportagens, sofreu diversas ameaças’, diz a nota, lembrando inclusive de um incêndio criminoso que a Imperium sofreu, semanas após o ocorrido.
Confira a nota de esclarecimento na íntegra:
“A defesa da empresa Imperium Pub e Tabacaria vem, através desta, prestar esclarecimentos a toda a sociedade de São Bento do Sul e região. Em primeiro lugar, é necessário destacar que a empresa não teve qualquer ingerência sobre a situação ocorrida com o taxista.
Embora várias reportagens de alguns veículos de (des)informação tenham imputado responsabilidade à empresa, o fato é que toda a situação ocorreu bem distante da empresa. Ou seja, a empresa não tem qualquer responsabilidade sobre o ocorrido.
A empresa é a maior prejudicada com toda essa situação, pois, após as reportagens, sofreu diversas ameaças. Os colaboradores da empresa também sofreram ameaças.
A situação se agravou a ponto de bandidos atearem fogo em um dos endereços da empresa, como se fosse uma espécie de retaliação, ferindo o patrimônio da empresa, dos locadores da sala comercial, e trazendo risco aos vizinhos da empresa, sem esquecer, claro, do risco de vida de pessoas totalmente alheias à situação.
Vivemos em uma sociedade democrática que resguarda o direito à defesa. As matérias veiculadas tiveram um grande papel no julgamento antecipado de toda a situação, e esse julgamento antecipado fez com que a empresa sofresse com a ação de criminosos.
É necessário também esclarecer que o incêndio se deu por ação criminosa, o que é matéria de inquérito policial, tendo a polícia já identificado ao menos 2 suspeitos. A empresa espera que possa, em algum momento, recuperar o prejuízo sofrido.
Por fim, destaca-se que não teve alternativa senão encerrar suas atividades. A empresa estava instalada em São Bento do Sul desde meados de 2021 sempre respeitando a legislação local, recolhendo impostos e gerando empregos, diretos e indiretos. Resta o sentimento de indignação, uma vez que foi vítima de um julgamento precoce no qual não teve qualquer chance de defesa”, conclui.
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