Foram publicadas, no Diário Oficial dos Municípios, as informações referentes à locação, por parte da Prefeitura, do espaço físico da Fundação Promotora de Eventos de São Bento do Sul (Promosul) neste ano, para realização de eventos próprios ou que tenham apoio da municipalidade. O valor é de R$ 137,5 mil. Porém, o secretário executivo da Promosul, Ildefonso Treml de Lacerda, explica que não há repasse do valor total anunciado pelo governo municipal. “A verba é paga somente de acordo com os dias utilizados”, ressalta.
Gerenciamento e estrutura
Fundação criada em 1995 – com inauguração do pavilhão no ano seguinte –, a Promosul é gerida por um conselho composto por quatorze instituições diferentes, entre entidades empresariais de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre, clubes de serviço e Prefeitura de São Bento do Sul. Atualmente, a presidência está a cargo do empresário Frank Bollmann. O pavilhão conta com 15,5 mil metros quadrados de área construída. Com capacidade para comportar até 30 mil pessoas, a Promosul conta com três auditórios equipados com estrutura para ar-condicionado, nove salas de apoio, acessos de carga e descarga, nove sanitários – inclusive para deficientes físicos –, fraldário, estrutura para três lanchonetes e um restaurante, além de estacionamento fechado e asfaltado. O local ainda tem sistema de segurança e de combate a incêndio, com saídas de emergência. Na área total do parque, de 143 mil m², também há um pátio para montagem de estrutura externa.
A maior dívida
Atualmente, o maior credor da Promosul é a Tuper, com pouco mais de R$ 300 mil a receber, explica o secretário executivo. De acordo com Lacerda, a empresa realizou empréstimos para a fundação quitar sua dívida com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).
Mais utilização
“Precisamos usar mais a Promosul”, observa Lacerda explicando que a fundação passaria por uma situação mais confortável, economicamente falando, por exemplo, se houvesse mais um grande evento nos anos pares, a exemplo do que ocorre em anos ímpares, com a Móvel Brasil.
Em 2014, para cada dia de utilização, serão pagos R$ 5,5 mil. Ou seja, o valor total equivale a 25 dias, tanto para eventos próprios como para os apoiados pelo governo municipal, como o Encontro de Veículos Antigos, que será realizado em junho. Assim, a Prefeitura apoia efetuando o pagamento do número correspondente de dias utilizados e cede o espaço aos organizadores para a realização do respectivo evento.
No ano passado, por exemplo, dos R$ 240 mil anunciados, aproximadamente R$ 70 mil foram repassados pelo poder público segundo Lacerda. Assim, os R$ 170 mil de diferença não foram repassados porque o pavilhão não foi utilizado pela própria Prefeitura ou por parceiros promotores de eventos apoiados pelo poder público. A Promosul, conforme o secretário executivo, conta ainda com outras fontes de renda, como a locação do espaço para eventos particulares, como a Feistock e a Móvel Brasil. Algumas empresas e um executivo de São Bento do Sul também fazem doações espontâneas mensais, as quais somam algo em torno de R$ 6 mil.
Lacerda lembra que a fundação conta com várias despesas fixas. Apenas em abril, foram R$ 22,3 mil. Isso sem contar os investimentos. Recentemente, segundo ele, para instalação de dez novos refletores e melhorias na rede de incêndio, foram gastos R$ 28 mil. Como as fontes de recursos são escassas, o secretário executivo tem feito, na medida do possível, remanejamentos orçamentários e negociação de dívidas a pagar, com o objetivo de equilibrar o caixa. Para gerenciar as finanças, Lacerda trabalha também com o planeamento de verbas que entrarão no caixa antecipadamente, caso de parte do pagamento do espaço alugado para a Móvel Brasil 2015, a qual será efetuada ainda em 2014.
