Lançado em setembro de 2021, o sistema de “cashback” no comércio de São Bento do Sul não é mais oferecido nos estabelecimentos já faz algum tempo. Por meio da iniciativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de São Bento do Sul, o mecanismo permitia que os clientes recebessem parte do valor das compras de volta. Em uma compra de R$ 100, por exemplo, caso a empresa oferecesse 10% de cashback, o consumidor recebia R$ 10 creditados em uma carteira digital, para utilização dentro de um período de três meses.
Na ocasião, um dos responsáveis pelo desenvolvimento da plataforma CDL Box comentou que, com a tecnologia, esperava-se fidelizar clientes mais facilmente, graças ao acesso ao crédito inesperadamente disponível. Com o sistema, disponível para notebooks, computadores e celulares, esperava-se, também, resolver parte do problema com a falta de troco no comércio, sobretudo a falta de moedas.
“O CDL Box foi encerrado”, resume o atual presidente da CDL, Alexandro Scherer. “Infelizmente não houve uma grande adesão, nem por parte dos comerciantes, nem por parte dos próprios consumidores”, diz. Por isso, segundo ele, o mecanismo acabou ficando ocioso. Alexandro ressalta que, de fato, em alguns locais o sistema funciona bem. “Mas, em outros, simplesmente não funcionou, como é o caso de São Bento do Sul”, aponta.
O presidente da CDL acredita, por melhor que fosse a ideia, vários estabelecimentos não conseguiam oferecer cashbacks com grandes percentuais. “Seria maravilhoso receber um cashback de 10%. Mas, se olharmos empresas gigantescas, com um volume de vendas infinitamente maior do que qualquer comércio de São Bento, às vezes tem 1% de cashback”, exemplifica.
Lojas físicas e lojas virtuais
Alexandro observa que é relativamente comum, por parte do público consumidor, fazer comparações entre os preços praticados por lojas físicas e por lojas virtuais, ou seja, existentes apenas na internet. “Apenas a estrutura necessária para ter uma loja física já diz muita coisa sobre os preços dos produtos”, pontua.
Graças aos custos envolvidos para manter um negócio presencial, comenta o presidente da CDL são-bentense, estabelecimentos locais não conseguiram oferecer percentuais mais consideráveis de cashback. Ele conta que, de alguns comerciantes, ouviu que eram oferecidos índices de 3% ou 3,5%, “o que já seria bastante comparando com o que temos no mercado”, cita. “Mas, como as compras aqui não tem valores tão altos, acaba não gerando um atrativo em termos de cashback”, encerra.
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