O Casarão Olsen, uma das casas mais antigas de Rio Negrinho, poderá ser tombado e protegido como patrimônio histórico da cidade em breve. Construída entre os anos de 1918 e 1926, próxima do acesso ao centro, a centenária casa foi lar do empresário Luiz Bernardo Olsen e sua família. Devido à sua importância histórica para o município, o pesquisador e ex-presidente do Conselho de Cultura, Dornelles Simões de Oliveira, protocolou pedido de tombamento do imóvel na última semana junto à Fundação de Cultura, com mais de 30 páginas citando a relevância do imóvel.
Também conhecida por Casa Rosa, embora sua pintura original seja em tons de bege, o imóvel fica situado na rua Otília Virmond Olsen, na subida da escola Marta Tavares. Sua localização não é por acaso. “A casa está próxima da Estrada Dona Francisca e da Estrada de Ferro. Como o Luiz Bernardo tinha uma fábrica de féculas de mandioca e de goma arábica, onde hoje está a Incopisa, ele usava o trem para enviar a goma para São Paulo”, cita Dornelles.
Para ele, o desejo de pesquisar sobre o imóvel e garantir sua proteção vem de anos. “Entendo que é importante porque essa casa e o Casarão Zipperer demonstram o início dos maiores empreendedores de Rio Negrinho, que foram Jorge Zipperer e Luiz Bernardo Olsen. Eles começaram juntos, um no setor de móveis e outro no setor de madeiras e de fécula”, ressalta.
Vale lembrar que o pedido de tombamento pode ser feito por qualquer cidadão. Após isso, cabe à Fundação Cultural seguir o rito previsto na Lei de Tombamento. Uma vez instaurado o processo de tombamento, é momento de delimitar a área de proteção a fim de evitar intervenções no imóvel. “Uma vez protocolado o pedido, não se pode fazer intervenções sem licença do bem público. Não se pode ir lá e demolir, por exemplo”, explica o pesquisador.
O imóvel
Conforme a escritura do imóvel, o local possui área construída de 336 m² e terreno de 10,8 mil m². Sua propriedade está registrada em nome da empresa Papelão São Pedro Ltda. A Prefeitura de Rio Negrinho ocupou o imóvel de 2009 até 2023, abrigando setores como a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e o SINE, bem como o CAPS. O local era usado através de um termo de cessão de uso junto à empresa proprietária.
O terreno onde está localizado o casarão foi adquirido por Luiz Bernardo Olsen junto ao pioneiro Roberto Buchmann, conforme documento existente no Registro de Imóveis de São Bento do Sul e datado de dezembro de 1919. A data de construção da casa não é precisa, já que um imóvel de tal dimensão demandava tempo e recursos. “Há uma janela de tempo que se presume que seja entre 1918 e 1926 a construção da casa. Não há uma data que mostre sua construção, não encontramos isso. Ela já tem 100 anos ou chegará no ano que vem, porque depois de 1926 já há fotos com a casa construída”, enfatiza Dornelles.
Leia a matéria completa no jornal impresso do dia 26 de abril.
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414 . Custa menos que um cafezinho por dia! ☕