Em virtude dos acontecimentos registrados pelas chuvas na região, a Justiça se mostrou sensível analisando pedido do Samae num prazo de 24 horas. Na quarta-feira, o Samae juntou uma série de documentos, quase duas centenas de páginas, e levou ao conhecimento da Justiça, por meio do Juiz Romano Einzweiller, solicitando uma reavaliação quanto à possibilidade de levar o lixo da cidade para o aterro sanitário de Rio Vermelho. Com as interdições das vias que levam à Mafra, o material recolhido na cidade, desde a última segunda-feira, estava sendo depositado em contêineres até que a situação voltasse ao normal.
Conforme o presidente da autarquia, Osmar Telma, a Justiça havia indicado algumas melhorias definitivas para o local, sendo que a maior parte já estava concluída, incluindo a colocação das mantas nas lagoas de decantação, a conclusão do estudo geofísico, que comprova não existir perigo de contaminação, e ainda a conclusão da estação para tratamento físico e químico. “Essas ações foram determinantes para a decisão do juiz. Mas temos ainda algumas situações que precisam ser feitas, no entanto o mais importante é que poderemos levar o lixo para o aterro de maneira segura, pelos próximos 60 dias; enquanto isso, a situação vai sendo trabalhada normalmente”, disse o presidente.
A liberação do aterro aconteceu na tarde de ontem, após despacho do magistrado, que analisou cada detalhe do documento encaminhado pela administração pública. Os 60 dias de prazo também devem servir para que a Justiça siga analisando documentações envolvendo o funcionamento do local, para que a liberação definitiva possa ocorrer em breve. “Ficamos gratos à Justiça, que analisou criteriosamente a situação nesse momento de dificuldade para a nossa região. O lixo estava sendo colocado na estação de transbordo e,até o final da manhã de hoje (ontem), já havia se transformado num caos. Essa decisão foi muito importante”, complementa Osmar.
Desde o final do dia de ontem, as equipes de recolhimento do lixo na cidade se organizavam para, a partir de hoje, depositar o material no local, sem a necessidade do transporte para a cidade de Mafra. “O primeiro passo foi dado, agora é continuar adequando as situações determinadas pela Justiça e garantir o processo de destinação do lixo aqui mesmo na cidade”, encerra.