O vereador Nivaldo Bogo confirmou que não deixa o PMDB, apesar dos rumores e dos convites recebidos de dirigentes de outras siglas. Ele diz que a decisão foi tomada após muita reflexão. Em sua análise, a mudança partidária pode ser encarada por muitos como um ato de traição. Além disso, segundo ele, a amizade com peemedebistas pesou na decisão.
A relação de Bogo com o partido começou a enfraquecer após sua exoneração da Secretaria de Obras, no início de 2014. De acordo com o vereador, esse fato gerou grande desconforto e mal-estar. “Tenho certeza de que vinha realizando um excelente trabalho na Secretaria de Obras, dentro do possível. Se fosse diferente, não teria sido eleito pelas pesquisas o secretário mais atuante do município, além do vereador-destaque”, analisa.
Nivaldo lembra que os recursos destinados à Secretaria da Obras na época em que ele comandava a pasta eram bastante escassos. “Mesmo assim, ainda conseguia fazer muita coisa. Se eu tivesse feito um péssimo trabalho, eu até reconheceria isso e ficaria quieto. Diante dessa atitude (a exoneração), surgiram muitas divergências, e eu precisei chegar a um consenso com o grupo. O que aconteceu é que decidi ficar no PMDB. Muitas vezes temos que deixar de lado as questões partidárias e pensar no bem-estar da população”, considera.
Bogo conta que a notícia da possibilidade de sua saída do PMDB gerou repercussão no cenário político local. Segundo ele, vários líderes partidários entraram em contato com ele para lhe fazer convites. “Não me recordo de um partido que não tenha entrado em contato comigo. Até quero aproveitar para agradecer pelo reconhecimento da minha importância dentro do cenário político são-bentense”, acrescenta.
Na edição impressa do fim de semana (2 e 3), Bogo fala especificamente das conversas que teve com o PSD.