Mais um revés ocorrido na segunda-feira levou o prefeito a comentar os posicionamentos do parlamento nos últimos meses. Para Rubens Blaszkowski (DEM), algumas questões estão prejudicando o andamento dos trabalhos na Prefeitura. Na noite de segunda-feira, foi votado um projeto que tinha por objetivo disponibilizar mais vagas para agente administrativo II visando a contratação via concurso de profissionais que pudessem atuar em áreas atendimento, protocolo e auxiliar no setor de administração.
O projeto foi rejeitado com a justificativa de comprometimento da folha de pagamento e ainda pela possibilidade de contar com estagiários para cargos menores, como atendimento e recepção. “Não dá pra entender, estamos passando por dificuldades de pessoal. Não temos como colocar um estagiário no setor de compras, por exemplo, em que uma funcionária pediu 30 dias de afastamento por uma causa muito justa. Sem contar outras questões de atendimento que geram dificuldades. Mesmo assim, os vereadores foram contrários”, alega o prefeito.
Abre aspas
“Como eu poderia dizer que estamos trabalhando em sintonia se a Câmara já rejeitou projetos importantes na ótica da Prefeitura? Quando trabalhamos com alguém que torce para que as coisas saiam erradas, fica difícil. E não tem como alegar que não é assim, tem vereador que torce pelo insucesso da administração”
Rubens Blaszkowski
Quanto ao Legislativo
No entendimento do prefeito, os dois poderes, Legislativo e Executivo, trabalham de maneira diferente. Por conta das votações contrárias que o prefeito já verificou na Câmara, sua definição sobre a atuação dos vereadores é que não existe uma parceria. “Como eu poderia dizer que estamos trabalhando em sintonia se a Câmara já rejeitou projetos importantes na ótica da Prefeitura? Quando trabalhamos com alguém que torce para que as coisas saiam erradas, fica difícil. E não tem como alegar que não é assim, tem vereador que torce pelo insucesso da administração”, alfineta o prefeito.
Rubens é direto quando fala dos projetos que contaram com a contrariedade do Legislativo, chegando alegar que, em alguns momentos, a manifestação deu um tom de “desonestidade” por parte dele, prefeito. “Não falaram diretamente isso, mas, como no caso do projeto da Cascata Paraíso, chegaram a deixar no ar que a Prefeitura estaria pagando mais do que era devido. Um absurdo, não preciso desse tipo de coisa para viver e não faria nada contrário ao que entendo ser bom para a população”, disparou.
Para encerrar, o prefeito faz um comparativo entre os vereadores de Campo Alegre e São Bento do Sul, tendo por base as reuniões solicitadas pelos próprios vereadores com o prefeito e a equipe do Executivo. “Eles não trabalham para empatar a administração, mas buscam com coerência uma linha de apoio aos trabalhos que precisam ser realizados. Isso que deveria ocorrer em todas as cidades, a Câmara de Vereadores, independente de camisa partidária, trabalhando para ajudar a administrar o município, sem deixar de cumprir seu papel de agente fiscalizador”, opinou.