O corpo do aposentado Vanderlei da Cruz, 43 anos, foi encontrado por um vizinho às 8h20 de ontem, próximo a uma garagem, nos fundos do antigo Bar Estância, na rua das Neves. Avaliação preliminar, no local, do perito Rogério Aurich, do Instituto Geral de Perícia, indicou três ferimentos contundentes na cabeça, provocado por objeto não identificado.
Natural de Joinville, onde por vários anos trabalhou como coveiro, Vanderlei era amasiado com Neusenir Pereira Lopes, 56 anos. “Ele era uma pessoa que saía muito. Nem sempre vinha para casa, e a última vez que falei com ele foi no começo da noite de segunda, quando ele disse que iria brigar com alguém, mas sem dar mais explicações”, contou ela, que morava junto com a vítima. Chegou a comentar recentemente com a companheira que deixaria a cidade. Vanderlei tinha passagens por furto em residência e em estabelecimentos comerciais.
Foi o aposentado Sebastião Cristo da Silva, 66 anos, que mora ao lado do antigo bar, que encontrou o corpo. “Saí para levar o lixo para fora de casa e vi o corpo, aí chamei a polícia”, conta. Conforme vizinhos, na tarde de segunda-feira, homens vindos de Serra Alta desceram do ônibus num ponto próximo e, depois de conversarem com Vanderlei, foram embora. Como a vítima era de sair bastante, vizinhos estranharam que, na segunda, o homem ficou o dia todo em casa e calado.
Investigação
Três policiais da Divisão de Investigação Criminal (DIC) chegaram ao local onde estava o cadáver às 9 horas e, após ouvirem vários moradores, começaram as investigações, para chegar ao autor do crime. No final da tarde, o delegado Rubens Almeida Passos de Freitas disse que a autoria do crime já foi apurada, e o autor confessou, sendo indiciado por homicídio qualificado. Depois de interrogado durante a tarde, foi liberado, conforme determina a lei.
Segundo o delegado, o autor do crime é um vizinho da vítima. Eles teriam se desentendido por volta das 22 horas, quando Vanderlei foi tirar satisfação com o morador de um outro quarto, no momento em que este mudou o canal da parabólica. “Foram entre cinco e seis golpes, desferidos com uma barra de ferro, contra a cabeça do Vanderlei”, explicou o delegado. O objeto utilizado no crime foi recolhido pela polícia com marcas de sangue. Rubens terá 30 dias para conclusão do inquérito policial.