Segunda-feira, 21 de abril de 2025

PM tem coordenadoria especializada para casos de desaparecidos

• Atualizado 10 anos atrás.

O major da Polícia Militar Marcus Roberto Claudino, coordenador do programa SOS Desaparecidos, esteve, no final de semana, em São Bento do Sul, quando participou da Ação Global, realizada no bairro Oxford. O projeto prevê ações que colaborem com a busca imediata de pessoas que desaparecem. A principal dica é acionar os órgãos de segurança imediatamente. “Não existe isso que deve-se esperar 24 horas para registrar queixa”, disse Marcus, que também informa que o quanto antes os órgãos de segurança ficarem sabendo do desaparecimento, maior serão as chances de encontrar a vítima. Recentemente um dos casos que o major teve conhecimento ocorreu em Bateias, quando uma adolescente desapareceu. “Fiquei sabendo da situação, e são casos como esses, com final feliz e retorno para casa, que gosto de ouvir”, lembra.

Marcus também explica que a maior causa de desaparecidos em Santa Catarina é o conflito familiar, principalmente na fase de adolescência. “É melhor o entendimento entre pais e filho”, lembra Marcus, que destaca ainda que abusos, agressões, drogas e até mesmo a doença de Alzheimer são alguns fatores que fazem as pessoas saírem de seus lares.

“Mortos sem Sepultura”

O major Marcus Roberto Claudino lançou, no mês passado, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o livro “Mortos sem Sepultura − o Desaparecimento de Pessoas e seus Desdobramentos”. Conforme ele, o número de desaparecidos ultrapassa a percepção que a sociedade tem do problema. Todos os anos, aproximadamente 200 mil pessoas desaparecem no Brasil, das quais, 40 mil são crianças e adolescentes. O dado é assustador: equivale à população de uma cidade brasileira de porte médio.
Foi, a partir dessa importante constatação, que o major iniciou a longa trajetória que originou o livro. O passo inicial foi um amplo levantamento do problema do desaparecimento no Brasil, focado em Santa Catarina e seus devastadores reflexos sobre as famílias vitimadas, norteados pelos dados disponíveis. “Meu primeiro impacto foi perceber que, apesar da frieza das informações e estatísticas, as mesmas estão contaminadas por sentimentos que afloram e rompem a tênue linha que separa as minhas condições de pesquisador e pai de família”, admite o autor.

O que é
No Brasil, existem somente duas delegacias especializadas e exclusivas em desaparecimentos (Minas Gerais e Paraná), sendo que, somente em Santa Catarina, existe o serviço que oferece às famílias vitimadas pelo desaparecimento de algum ente a divulgação, procura, prevenção e encaminhamento psicossocial.

No território nacional, são 200 mil desaparecimentos por ano, sendo 40 mil de crianças e adolescentes. Todos os anos, em Santa Catarina, temos aproximadamente três mil registros de desaparecidos. Diante disto, a Polícia Militar lançou, no dia 24 de outubro do ano passado, o programa SOS Desaparecidos, focado em missões de atendimento e resposta ao desaparecimento, priorizando as crianças e adolescentes.

O programa ainda criou a Coordenadoria Estadual de Pessoas Desaparecidas, onde há disponibilidade e exclusividade de dedicação na busca, divulgação e armazenamento de dados de desaparecidos.

Para o major, o programa fortalece a política pública na área social, uma vez que participa na articulação e potencialização da rede de proteção da criança e do adolescente, despertando as parceiras com organizações governamentais e não governamentais, além de dar um grande suporte operacional para os desaparecimentos de adultos.

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