Terça-feira, 22 de abril de 2025

Busca por psicólogos aumentou após o período de pandemia

• Atualizado 1 anos atrás.

Parece que foi ontem, mas a quarentena da pandemia de coronavírus foi há três anos e meio. Em março de 2020, após a confirmação dos primeiros casos no estado, o governo estadual, sem entender muito bem o que estava acontecendo, decretou um lockdown e nossa rotina virou de cabeça para baixo.

A vacina chegou e trouxe mais segurança, mas os efeitos colaterais da pandemia ainda são visíveis. Um deles está justamente na saúde mental das pessoas, principalmente das crianças, que tiveram parte da infância afetada pelo enclausuramento.

Segundo a psicóloga Magda Linzmeyer, a maioria dos consultórios de psicologia e psiquiatria estão lotados. “Aqui na nossa região as agendas de psiquiatria estão para dezembro. É uma infestação de doença mental, um problema de saúde pública. Se antes da pandemia os números já eram alarmantes, agora ficaram ainda maiores”, comentou.

O enclausuramento da pandemia afetou principalmente os mais jovens, que estavam em pleno processo de crescimento. “Teve aquela geração que estava em desenvolvimento, como os adolescentes, que estavam descobrindo o mundo, construindo sua personalidade e de repente ficaram incubados dentro de casa. Isso afeta muito o jeito de ser no mundo e eles estão adoecendo”, frisou Magda.

Mas não foram apenas os mais jovens os afetados pelo evento. “Os adultos que tinham o trabalho como única fuga e ficaram em casa, se depararam com problemas que só ficavam em casa, e que ao sair fingiam que não existiam. Aí tiveram que encarar de frente e houve um adoecimento em massa”, citou.

Trabalho intenso
Apesar de não estarmos mais em isolamento social, a pandemia deixou estragos que só serão corrigidos com muito cuidado e atenção.

“Isso não é algo que resolve tão fácil. Uma criança que estava com 6 anos quando veio a pandemia, por exemplo, estava indo para a alfabetização. Ela ficou enclausurada, era época de se expandir, conhecer a escola. Hoje tem dificuldades de socializar, de prestar atenção. Ficou muito tempo dentro de casa com os mesmos estímulos e a escola se tornou uma distração, tudo é novo e chama atenção. Os resquícios desses anos de pandemia vão durar por muito tempo ainda”, comentou a psicóloga.

Além dos profissionais que atendem de modo particular, o SUS dispõe de consultas com psicólogos. Basta procurar seu posto de Saúde do bairro e pedir o encaminhamento. Ainda, alunos do curso de Psicologia da Univille prestam atendimento gratuito mediante agendamento.

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