A Rua Erica Hinke, que divide os bairros Mato Preto e Oxford, foi interditada por cerca de uma hora na manhã de terça-feira (12). Foram utilizados pneus para a interdição e faixas contendo os dizeres “Asfalto urgente!” e “Chega de lama, pó e buraco”. A via liga a Rodovia dos Móveis (SC-418) com a Vila União (proximidades da Lanal Beira Rio).
Conforme o microempresário Jorge Rogaleski, 47 anos, organizador do ato, a rua não tem suportado o movimento intenso de veículos de carga, por isso é necessário asfaltá-la e dotá-la de mecanismos para controle de velocidade, pois, segundo ele, veículos já foram flagrados circulando em alta velocidade no local.
Em dias de sol, explica Jorge, há muita poeira na via, prejudicando os moradores e as empresas, enquanto em condições de chuva há muita lama e alguns caminhões chegam a ficar encalhados. O microempresário ressalta que o caminhão-pipa, que poderia amenizar o problema do pó, passa no máximo três vezes por ano na via. Ele comenta que o asfaltamento já foi solicitado várias vezes ao poder público, a primeira delas ainda na gestão do prefeito Magno Bollmann, há cerca de seis anos.
O que diz o prefeito
O prefeito Fernando Tureck (PMDB) observa que, conforme citado pelo próprio microempresário, faltou adesão para que a rua seja contemplada pelo programa Pavimentação Comunitária. “Não houve interesse dos moradores”, diz. “Agora temos que correr atrás de alternativas, seja por meio de emendas parlamentares ou recursos a fundo perdido”. Tureck lembra que as Ruas João Linzmeyer, Bertha Linzmeyer e Raimundo Roesler, nas intermediações da Vila União, foram pavimentadas durante a sua gestão.
Jorge admite que não foi atingido o índice mínimo de 70% dos moradores para a Rua Erica Hinke ser beneficiada pelo programa Pavimentação Comunitária, mas, ao mesmo tempo, questiona os investimentos com os R$ 12 milhões que a Prefeitura espera arrecadar com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) neste ano.
De acordo com o organizador do manifesto, que contou com a participação de moradores e funcionários de empresas que utilizam a via, uma nova interdição será realizada em breve se a Prefeitura não atender às reivindicações da comunidade local.
