Durante dois dias, a água saiu suja das torneiras dos moradores que residem no bairro 25 de Julho. Para tentar diminuir as impurezas, muitos coaram ou ferveram o líquido antes de beber ou cozinhar.
Na residência de Iris Ferreira, ninguém se arriscou a ingerir a água. “Aproveitamos para consumir tudo o que tínhamos na geladeira até a situação voltar ao normal”, conta. Segundo ela, foi a primeira vez que os moradores sofreram com a qualidade da água fornecida pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae).
O problema também foi visto por outros moradores. Dorilda Cardoso percebeu que a água estava diferente, com coloração escura, já no domingo. “Estava vindo um barro puro”, afirma, referindo-se a aparência semelhante a lama.
Problema resolvido
O abastecimento de água, em algumas regiões do município, foi suspenso no último domingo (3). Por conta da interrupção temporária, sujeiras que estavam nos canos devem ter se soltado quando o sistema foi reativado, provocando a coloração escura. “Quando a água retornou, voltou com muita pressão. Essa tensão provavelmente lavou as paredes internas das tubulações, que acumulam compostos de ferro e manganês”, explica o presidente do Samae, Osvalcir Peters.
A autarquia informa que o fornecimento de água já voltou ao normal. Mesmo assim, os moradores que ainda sofrem com a incidência de compostos no líquido têm o direito de solicitar que seja feita uma descarga preventiva de rede. Além disso, quem teve as roupas encardidas na hora de lavar por conta das impurezas da água pode solicitar um produto ao Samae a base de ortopolifosfato, que neutraliza a ação dos elementos químicos.