O crescimento da telefonia celular, atrelado às frequentes más condições dos telefones públicos, fez com que as ligações originadas de orelhões caíssem nos últimos anos. É cada vez menos comum ver alguém utilizando algum telefone de rua. Em São Bento do Sul, conforme dados da Anatel, há 412 deles espalhados. Entre os dez telefones testados na área central da cidade, apenas um não funcionava − voltado a cadeirantes.
A diminuição do uso é sentida nos pontos de venda de cartões telefônicos. Na Banca Gibi, em algumas épocas, eram vendidos 200 cartões por semana. Atualmente, a média está entre 50 e 60 cartões por semana. “As pessoas procuram mais para casos de emergência. Quase todo mundo tem celular, além do crédito de celular compensar mais do que a unidade do cartão”, explica o proprietário Fábio Osowski. Um cartão de 20 unidades custa R$ 4 e dá direito de falar durante 40 minutos com telefone fixo e 20 minutos com celular.
De acordo com a Oi de Santa Catarina, os orelhões constantemente são tranferidos de áreas ociosas para outras de maior movimento. Nos municípios com mais de 300 habitantes, as concessionárias devem assegurar a disponibilidade de acesso a telefones públicos de modo que qualquer ponto esteja a, no máximo, 300 metros de um orelhão.
Vandalismo
Como os orelhões da empresa estão instalados em vias e estabelecimentos públicos, sofrem, diariamente, danos por vandalismo. No primeiro trimestre de 2014, foram danificados por atos de vandalismo, em média, 10% dos 35 mil orelhões de Santa Catarina. Do total de orelhões que apresentam defeitos, principalmente na leitura de cartões, monofones e teclado, 20% são em virtude de atos de vandalismo, além das pichações e colagens indevidas de propagandas nos aparelhos e nas folhas de instrução de uso, prejudicando o entendimento das orientações. A empresa acrescenta que a migração dos telefones fixos para os celulares é uma evolução da telefonia no mundo. A companhia mantém um programa de reparo dos telefones e também conta com a ajuda de relatos dos usuários e de entidades públicas pelo telefone 10314.