Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Usina realiza levantamento de mamíferos

• Atualizado 11 anos atrás.

A Usina Rio Vermelho de Energia (Urve), localizada em Rio Natal, está realizando um levantamento dos mamíferos (mastofauna) de médio e grande porte. O trabalho tem como principal ferramenta as armadilhas fotográficas, que começaram a ser adquiridas em 2008. As cinco unidades do equipamento – de origem americana – estão espalhadas em pontos estratégicos da fazenda que abriga o empreendimento, a qual tem 7,4 milhões de metros quadrados.

As armadilhas fotográficas são dotadas de sensores de presença. “É como se fosse um sensor de alarme”, compara o biólogo Marcelo Hübel, responsável pelo projeto. Os equipamentos contêm outros dispositivos, como luz infravermelha (recurso de iluminação noturna) e registro de data, hora, localização, temperatura e até a fase da lua. A área de circunscrição da armadilha é de aproximadamente oito metros frontais, e a sensibilidade é tamanha que até o movimento das folhas por causa do vento aciona o equipamento. Para atrair os animais, são colocadas iscas como frutas ou pedaços de carne.

Já registradas

Com o trabalho, já foram registradas as seguintes espécies, além do graxaim e do puma: gato do mato, jaguatirica, gato-mourisco, gato-maracajá, macaco-prego, cuíca, mão-pelada, veado, capivara, cutia, tatu-galinha, irara, tamanduá-mirim e gambá.

Marcelo vai até os locais das armadilhas para verificar os resultados pelo menos uma vez por semana. “O monitoramento contínuo é importante”, lembra. Com o acompanhamento constante, é possível obter detalhes comportamentais dos mamíferos e da sua relação com o ambiente local. No caso do graxaim (cachorro do mato), por exemplo, verificou-se que a espécie anda sempre em pares, seja para reprodução ou para caçar.

Em um dos locais da fazenda, foi monitorado um casal de graxains, mas, por um determinado período, notou-se a ausência da fêmea. O motivo foi confirmado nos dias seguintes, com o aparecimento de quatro filhotes, que acompanharam os pais por cerca de três meses. Assim que atingiram a altura dos pais, os filhotes começaram a formar pares e a ocupar seu próprio território. Conforme o biólogo, os graxains são vistos com maior frequência porque têm uma base territorial menor.

Entre os maiores felídeos

Uma das espécies registradas tem uma grande área de abrangência e, por isso, é vista, aproximadamente, de três em três meses. Trata-se do puma, também chamado de onça parda ou suçuarana. “O território dele é muito grande”, relata Marcelo. “Mas, mesmo assim, ele aparece com regularidade”. O puma, um mamífero terrestre presente em toda a América, é um dos maiores felídeos do continente, podendo atingir mais de 1,5 metro de comprimento (sem a cauda) e ultrapassar os 70 kg.

Educação ambiental

A Usina Rio Vermelho de Energia trabalha com um projeto de educação ambiental voltado aos estudantes. Até agosto, as vagas para visitações já estão todas preenchidas. Maiores informações pelo telefone 3631-5245.

O felino (da mesma família do gato doméstico, dos tigres, leões, onças-pintadas e guepardos) tem hábitos noturnos e normalmente vive solitariamente, sendo encontrado com o par apenas em época de reprodução. Comumente, nascem entre 3 e 4 filhotes por parto. Consta que um animal destes vive entre 7,5 e 9 anos. Uma das particularidades do bicho é que ele raramente ataca o homem. Embora seja uma espécie essencialmente carnívora, a onça-parda pode até mesmo se alimentar de répteis, aves, peixes e inclusive insetos.

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