Na manhã de quarta-feira (11), os alunos da Escola Roberto Grant, no Centro, participaram de uma dinâmica que combinou atividade física, solidariedade e empatia. A experiência, que integrou a programação da gincana escolar, incluiu uma corrida solidária de 1 km pelas ruas próximas à escola. A proposta, no entanto, foi além de apenas correr: as equipes utilizaram triciclos adaptados, proporcionando aos alunos a oportunidade de vivenciar, na prática, como é para pessoas com deficiência (PCDs) participar de esportes adaptados. A ação também permitiu que os condutores “sentissem” os desafios de guiar os colegas com segurança e cuidado.
A iniciativa foi realizada em parceria com o projeto Pernas Solidárias, contando com o apoio do Departamento de Trânsito Urbano (Detru). “Não se trata de uma experiência para que eles sintam como é ser deficiente, mas para que eles sintam como o atleta sentiria. A emoção de ser conduzido, o medo, a insegurança, tudo isso passa na cabeça do atleta. Então precisa ter essa sintonia entre atleta e condutor, para tudo sair perfeitamente”, explica Priscila Coelho, coordenadora do Pernas Solidárias.
Ao todo, estiveram presentes 30 alunos do período matutino, e, à tarde, outra turma também participou da corrida solidária. A primeira parte do desafio foi montar os triciclos, que, de acordo com a supervisora escolar Elisângela Brand, foram avaliados pelo companheirismo e, principalmente, pela “atitude positiva” demonstrada ao longo da atividade física. Ela conta que a gincana escolar ocorre todo ano, porém, essa foi a primeira vez que incluíram a corrida na programação. “A gente precisa fazer atividades que realmente tornem os nossos alunos mais conscientes do que eles podem fazer para melhorarem como pessoas, cidadãos e profissionais, entendendo o quão importante é ser solidário”, afirma.
E, se depender dos alunos, a ideia surtiu efeito, pois, como mencionaram Jonathan Dias e João Felipe de Almeida Ribeiro, a corrida solidária foi a atividade mais legal realizada pela escola ao longo deste ano. “Foi uma experiência bem diferente, porque é uma outra visão, a gente sempre está acostumado com o comum que a gente vive. Deveria ter mais corridas assim na comunidade, porque, querendo ou não, é um esporte, mas não tem tanta visibilidade”, disse Jonathan, relacionando ao fato de conduzirem pessoas com deficiência nos triciclos adaptados. No final do evento, todos os alunos receberam medalhas pela participação.
Para todos
O Pernas Solidárias é um projeto que tem como objetivo proporcionar a participação de pessoas com deficiência física ou intelectual em eventos esportivos, como as corridas de rua, por meio do uso de triciclos adaptados, conduzidos por voluntários. A iniciativa se estende por diversas cidades e estados do Brasil, sendo que no município quem está à frente é a voluntária Priscila Coelho. Ela conta que participam de eventos esportivos quando são convidados, e interessados em ter a participação do projeto em corridas podem entrar em contato pelo (47) 9 9957-4624 ou pelo Instagram (@pernassolidariassbs).
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕