Abraços, lágrimas e, principalmente, muitos risos foram compartilhados na tarde de segunda-feira (25) no pátio da Escola Castelo Branco. O motivo? A banda marcial embarcou para a viagem internacional rumo ao Chile e à Argentina. Pais, irmãos, avós e demais familiares estiveram presentes para acompanhar os 67 integrantes, com idades entre 10 e 15 anos, seguirem em direção à apresentação internacional.
Se eles conseguiram essa oportunidade, tão única para estudantes da rede pública, foi graças a um padrinho muito especial: o maestro José Sluminski, que enxergou o potencial dos instrumentistas. Na segunda-feira (25), ele esteve presente para acompanhar o embarque. No entanto, não seguiu com os menores para o exterior. “Quando os vi, achei uma seriedade no trabalho, que essa banda teria um progresso muito constante e uma direção que estava à altura de realmente ser uma banda boa. E o maestro, o Deivid, é especial, de um talento puro. Agora, só posso desejar a eles uma boa viagem e que estejam na companhia de Deus, que façam sucesso, porque eles merecem”, elogia.
Sluminski já havia levado outras bandas marciais da região, como as de Rio Negrinho e Campo Alegre, para representarem o país no exterior. No entanto, esta será a primeira vez que uma banda marcial formada por alunos do ensino fundamental realizará este intercâmbio cultural, que foi possível graças a Wanderley Dias de Souza, que organizou a programação das apresentações na Argentina e no Chile. Antes da viagem, o padre Marcos Jonizei de Lima, o Marquinhos, da Paróquia Puríssimo Coração de Maria, foi convidado para fazer a bênção e dar proteção aos menores.
Dedicação e talento
Além das crianças, 18 adultos, entre pais e funcionários da escola, estão presentes na viagem. A previsão é que cheguem nesta quarta-feira (27) ao primeiro destino, na cidade de Luján de Cuyo, localizada na província de Mendoza, na Argentina. Por lá, os jovens serão responsáveis por mostrar a essência da música são-bentense aos estrangeiros, destacando a diversidade e a tradição. Conforme o maestro Deivid Dranka, em cada país eles terão um repertório com 25 músicas, abrangendo uma variedade de gêneros, desde as tradicionais melodias germânicas, características da região, até o samba, símbolo da cultura brasileira.
E, para quem pensa que a carga dos ensaios tenha aumentado nos últimos meses, Dranka menciona que eles seguiram normalmente, sempre duas vezes por semana, no contraturno escolar. No entanto, o que aumentou foi o número de apresentações. Nos últimos meses, para arrecadar os recursos necessários, os integrantes tocaram em eventos e desfiles em outras cidades.
Como ressalta a coreógrafa Elizana Ramos, eles entendem que os alunos estão em formação. Por isso, todas as apresentações ocorreram com o consentimento dos pais ou responsáveis, sempre priorizando o bem-estar dos estudantes.
De volta para casa
Durante os últimos meses de ações realizadas pela comissão de pais, conseguiram arrecadar cerca de R$ 267 mil, valor utilizado para pagar os dois ônibus, o uniforme da banda marcial, a hospedagem e a alimentação. Como os alunos estão viajando durante o ano letivo, a diretora Márcia Sueli Weiller menciona que foi feito um acordo com a Secretaria de Educação, pelo qual os estudantes estão participando de atividades organizadas pela própria escola, e todos os envolvidos concordaram que isso não causará prejuízo ao desempenho acadêmico. “As faltas serão justificadas, e os professores já tinham adiantado muitos trabalhos”, encerra. O retorno ao Brasil está previsto para 6 de dezembro, dependendo das condições do percurso.
A matéria completa você confere no jornal impresso desta terça-feira (26).
Confira a reportagem em vídeo:
- WhatsApp: Participe do grupo fechado de A Gazeta.
- YouTube: Inscreva-se para assistir as matérias de A Gazeta.
Confira mais notícias no jornal impresso. Assine A Gazeta agora mesmo pelo WhatsApp (47) 99727-0414. Custa menos que um cafezinho por dia! ☕