As obras de ampliação da Udesc Planalto Norte estão paradas há anos, e as estruturas que começaram a ser levantadas se mostram cada dia mais deterioradas. O projeto foi lançado em 2015, mas uma série de problemas impediram o avanço dos trabalhos. Agora, a direção da universidade aguarda por um novo laudo para decidir quais serão os próximos passos.
Delcio Pereira, diretor-geral do campus, explica que, devido a questões legais pendentes, a instituição não pôde transferir a obra para outra empreiteira, prolongando o processo por várias instâncias. Somente no final de 2019 foram realizados testes nas construções para identificar falhas e definir as medidas necessárias. Contudo, a Udesc considerou as análises insuficientes e solicitou novos testes complementares nas edificações.
Com a pandemia de Covid-19 e a necessidade do estado de concentrar recursos na saúde, os trabalhos permaneceram paralisados. Após o fim da crise sanitária e uma nova série de análises, a universidade foi aconselhada a optar pela demolição das estruturas.
O reitor em exercício na época, no entanto, entendeu que eram necessários mais testes, desta vez com uma empresa especializada em prédios condenados. Esses trabalhos, conforme Delcio, ainda estão em andamento e a expectativa é de que sejam encerrados até o final deste ano ou início de 2025, acompanhados da apresentação de um pacote de soluções. “A partir disso poderemos estabelecer uma abordagem frutífera e subsequente”, esclarece.
Entenda o caso
Em 2015, a Udesc anunciou a construção de mais dois prédios, com 2.414 metros quadrados cada, em um investimento superior a R$ 8,4 milhões. Já em 2016 foi assinada a ordem de serviço com a presença do então governador Raimundo Colombo, o reitor da época, Marcus Tomasi, entre outras lideranças locais e regionais.
O projeto contemplava pelo menos mais 32 salas de aula, laboratórios, sala para os professores, secretarias, diretório acadêmico, anfiteatro, entre outros ambientes. A previsão era de que tudo ficasse pronto em 2018.
Os trabalhos, porém, tiveram que ser paralisados por conta de alguns problemas relacionados a execução da obra. A Coordenadoria de Engenharia, Projetos e Obras (Cepo) da Udesc, responsável por fazer a fiscalização das obras da universidade em todo o Estado, atestou que diversos pontos não estavam de acordo com o edital. A instituição, posteriormente, deu um prazo para a empresa regularizar tudo, mas como não foi feito, iniciou-se um processo de rompimento de contrato.
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