Segunda-feira, 21 de abril de 2025

Repasse de R$ 1 milhão não é suficiente para quitar despesas do Hospital Sagrada Família

Os recursos serão utilizados para pagamento atrasados com médicos e também serão quitadas dívidas da administração da quimioterapia

• Atualizado 18 dias atrás.

A situação financeira do Hospital e Maternidade Sagrada Família é bastante complexa, e nem mesmo com o R$ 1 milhão repassado pela Câmara de Vereadores para a unidade, todas as despesas poderão ser quitadas. O Legislativo são-bentense realizou uma sessão extraordinária segunda-feira (04) à noite para garantir a rápida aprovação do projeto de repasse.

Os recursos serão utilizados para pagamento atrasados com médicos, valores referentes a setembro e outubro. Também serão quitadas dívidas da administração da quimioterapia referentes a julho e agosto. Conforme a vereadora e líder de governo, Terezinha Dybas (PSDB), as contas da unidade ainda não ficarão em dia mesmo diante do repasse de R$ 1 milhão.

Ela ainda lembrou que a Prefeitura já repassa R$ 1,3 milhão ao mês para o Sagrada Família para manter o atendimento de urgência e emergência. Além disso, por lei, a Prefeitura deve utilizar 15% de seu orçamento para manutenção do setor de saúde, no entanto, para 2024, este percentual será o dobrou, chegando a 30% do orçamento.

Um dos grandes problemas para o déficit está na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), sem reajuste desde 2017, sendo que os atendimentos via SUS no hospital são-bentense representam 83% do total. O vereador Adriano Reinhardt (PP), o Chicão, lembrou que o Sagrada Família também enfrenta problemas para manter a UTI, tanto que a direção da unidade já encaminhou ofício à Câmara pedindo aumento nos repasses.

Hospital público
Os vereadores também não pouparam críticas especialmente a internautas que em seus comentários em redes sociais só sabem criticar o hospital. Darlan Guliani (Cidadania), desafia qualquer cidadão de São Bento do Sul a apontar um hospital municipal existente no Brasil que esteja em boas condições financeiras.

A vereadora Carla Hofmann (PSD) também foi na mesma linha, lembrando que fazer um prédio é relativamente simples, mas manter a unidade é todo o problema, pois todos os servidores devem ser contratados por concurso público, assim como para fazer compra de uma simples gaze é necessário realizar uma licitação. “Quem fala em hospital municipal, não faz ideia do que está falando”, disse ela.

Falar é fácil
Outro que criticou os comentários em redes sociais quando o assunto é saúde ou mesmo repasse ao hospital foi Hélio Alves (UB). Para ele, as pessoas falam sem saber e, principalmente, sem levar em consideração as consequências, pois dentro do hospital existem centenas de profissionais trabalhando de forma intensa para garantir o bom atendimento da população.

“E esses que tanto criticam, quando ficam doente vão para onde? Se essas pessoas tem muita competência, porque não se candidatam a prefeito ou a vereador? Só atrás da tela de um celular ou computador é fácil”, disparou.

Enxuta
Ainda em relação ao R$ 1 milhão a ser repassado, os vereadores destacaram não apenas o trabalho interno, que leva em consideração a eficiência dos gastos na Câmara e a economia, como o fato de historicamente São Bento ser reconhecida como uma das câmaras mais enxutas do país. Jairson Sabino (PSDB) citou que, por lei, a Câmara de São Bento poderia ter recebido neste ano cerca de R$ 29 milhões. Porém, o repasse foi de R$ 6,5 milhões, e ainda assim, mais de R$ 1,5 milhão está sendo devolvido.

Terezinha Dybas ainda lembrou que a Câmara poderia, sim, requerer os R$ 29 milhões, só que para isso, seriam feitos ajustes no orçamento e outras áreas ficariam prejudicadas sem necessidade, já que a Câmara, por ser enxuta, não gastaria esse valor e o dinheiro ficaria parado na conta ao invés de ser melhor aproveitado pela Prefeitura para realizar ações e obras pela cidade. Para 2024, o orçamento previsto para a Câmara é de R$ 7 milhões.

Apoio
Paulo Zwiefka (UB) ainda destacou o apoio e parceria do prefeito Antonio Tomazini (PL) nesta questão do repasse, pois a Câmara não tem força de lei para determinar o destino do recurso, depende da Prefeitura, e o prefeito apoiou a ideia.

Exaltado
Mas nem tudo foram flores na discussão do repasse ao hospital. Os vereadores reclamaram não terem sido convidados para reunião na semana passada com integrantes do Conselho Consultivo do hospital. Hélio Alves confessou ter ficado tão irritado que chegou a dizer que deixaria a mesa diretora. Ele é o vice-presidente.

Texto retirado do Panorama Político desta terça-feira (05).


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