Domingo, 27 de abril de 2025

Voluntários contam sobre os desafios no resgate de animais no RS

Eles permaneceram em Canoas, uma das cidades mais afetadas, durante quatro dias

• Atualizado 24 dias atrás.

Com a intenção de aliviar o sofrimento dos animais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, um grupo de voluntários da região se deslocou até Canoas. Eles permaneceram no município gaúcho durante quatro dias e, neste período, presenciaram momentos intensos, imagens chocantes e compreenderam a verdadeira dimensão da tragédia.

A equipe era composta por 13 voluntários da região, sendo cinco veterinários: Ketlyn Eckel, Patrick Frankenberger, Caroline Stuy, Alessandra Silveira e Bianca Trentini. Além da mão de obra, eles levaram mais de sete toneladas de ração, vacinas antirrábicas, camas e cerca de R$ 40 mil em insumos de uso veterinário.

Assim que chegaram no Rio Grande, no dia 16 de maio, o grupo se dirigiu até o bairro Matias Velho, um dos mais populosos e também mais afetado pelas águas. A ideia inicial era atuar dentro de um abrigo, que já contava com mais de 3 mil animais, todos em situação precária. “Eles estavam sem água, ao relento, passando frio. Tinha comida, mas estava encharcada pela chuva e ainda não podiam tomar água potável, não sei por qual motivo. Era bem traumatizante”, relata Ketlyn.

Em quatro dias, os voluntários conseguiram atender mais de 1 mil animais, desde cachorros, gatos, periquitos, calopsitas, patos, inclusive alguns retornaram com eles para São Bento. Todos, sem exceção, estavam muito debilitados. Além disso, os voluntários contribuíram com resgates na água, embora não tenha sido o foco da missão. “Sem um grupo unido, não teria sido tão eficiente como foi”, exalta.

Na água
Assim como Ketlyn, Patrick também viveu uma experiência intensa na água. Muitas residências e prédios continuavam submersos, e ainda havia muitas vidas a serem salvas. Ele conta que os instrutores anotavam os endereços e organizavam a “missão”. No dia em que participou dos resgates, o veterinário teve a oportunidade de salvar 12 animais, porém, junto à sensação de alívio, veio o medo, pois muitas áreas estavam tomadas por facções.

Os civis precisavam portar armas devido às ameaças e ataques aos barcos. Segundo relatos, os criminosos chegavam a atirar quando as embarcações se aproximavam de seus territórios. “Nem fomos com o propósito de entrar na água. E por conta da insegurança, entendemos que o nosso trabalho seria mais eficiente do lado de fora”, explica.

Patrick também se deparou com pontos com cheiro extremamente forte; alguns locais exalavam o cheiro de água suja, enquanto outros emanavam o odor de cadáveres de animais e humanos em decomposição. Além disso, encontraram casas com vazamentos de gás, o que aumentava ainda mais o risco das operações de salvamento.

A matéria completa está disponível apenas para assinantes neste link. No jornal impresso, a reportagem completa saiu na edição desta quinta-feira (23).

Confira a entrevista completa com os veterinários:


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