Presente na maioria das casas, a esponja de louça é uma grande aliada na limpeza. Mas, apesar de serem materiais usados na limpeza, eles não são tão limpos, por abrigarem milhares de bactérias e dificilmente serem recicláveis. Além disso, após ser usada, nem sempre as pessoas sabem onde descartar esse material e ele acaba indo para o lixo comum.
No Brasil, a destinação incorreta do lixo vem sendo um problema. Dados da Associação Brasileira de Resíduo e Meio Ambiente (Abrema) mostram que, em 2022, foram gerados 77,1 milhões de toneladas de lixo, das quais 33,3 milhões de toneladas não tiveram o descarte correto. Pensando nisso, desde 2014, a TerraCycle vem desenvolvendo um projeto de recolhimento dos materiais que quase ninguém recicla e que não deveriam ir para o aterro sanitário. A entidade se uniu a marca Scotch-Brite da 3M para criar o Programa Nacional de Reciclagem de Esponjas, para a coleta e processamento desse resíduo, tanto de louça, como de banho. O objetivo é dar a elas um destino, além de conscientizar a população com a causa ambiental.
Na cidade, a professora Aline Almeida Chaves é responsável pelo envio das esponjas. Há três anos, ela resolveu se cadastrar no programa e desde então cuida dos pontos de coleta no Colégio São Bento, no Centro de Educação Infantil Municipal (CEIM), Amor Perfeito, na Sociedade Guarani e na Secretaria de Educação.
Esse material vai para São Paulo e lá ele é transformado em uma matéria-prima chamada Pellet. Esse material é vendido e utilizado para a produção de objetos como bancos, lixeiras, pá ao invés de ser descartado no lugar inadequado.
Vale destacar que em São Bento do Sul, os materiais que sobram na Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis não vão mais para o aterro sanitário, e sim para a usina, como explicou Paulo Schwirkowski, diretor de Resíduos Sólidos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). “Tudo que é reciclável, mas não tem quem compre, como as esponjas e bandejas de marmita, a usina aproveita”, cita.
Mais colaboradores
Aline acredita que o projeto seja pouco conhecido na cidade e que poderia ter mais visibilidade. Também citou que como é uma das únicas colaboradoras em São Bento, é mais difícil ter pontos espalhados, mas sabe que nem sempre é viável sair de um bairro mais afastado e vim ao centro deposita as esponjas nos pontos de coleta. “Eu ia gostar que tivesse alguém a mais que cadastrasse”, fala, “quanto mais pontos de coleta tiver, mais fácil das pessoas levarem. Se tivesse em todos os mercados, um tambor de coleta, a pessoa vai no mercado e só leva a esponja usada”, complementa.
Como ser um colaborador
Para se cadastrar no programa e ser um colaborador como a Aline, o interessado deve acessar este link e preencher os dados. Em caso de dúvidas, podem entrar em contato com ela pelo e-mail: contatoesponjas@gmail.com.
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