Quinta-feira, 17 de abril de 2025

Taquinho conserta cerca de 200 carros com martelinho de ouro na França

Rio-negrinhense ficou cerca de três meses trabalhando com martelinho de ouro

• Atualizado 14 dias atrás.

O rio-negrinhense Anderson Vicente de Lima, o Taquinho, embarcou no final do ano passado para uma experiência da trabalho na região de Perpignan, no sul da França. Ele, que trabalha com martelinho de ouro, ficou por quase três meses atuando nas oficinas da região, recuperando centenas de veículos atingidos por fortes chuvas de granizo.

De volta ao Brasil, Taquinho falou sobre as principais dificuldades ao chegar em território francês, no início de outubro. “O idioma foi uma das coisas mais difíceis. Lá fica dia muito tarde. Às 8 horas começa clarear o dia e escurece muito cedo nessa época do ano. Saía no escuro e voltava no escuro, era algo que não gostava muito. Às 7h30 da manhã é escuro lá! Outra coisa complicada é a gastronomia, a gente não é acostumado. Uns arroz diferente, temperos, bem complicado. Feijão só enlatado, não tem lá outro tipo”, comentou.

Ele, que aprendeu o ofício com seu pai Altair, o Taco, recebeu o convite de um amigo para auxiliar na recuperação de cerca de 200 carros atingidos por uma tempestade de granizo na metade do ano passado. “Ficamos na região de Perpignan. Ali existem distritos, como de Pollestres, Des Aspres. Pegamos quatro oficinas para trabalhar. Eu trabalhei em três e a maior parte do tempo em Pollestres”, explicou.

Anderson começou muito cedo no ramo de oficinas, aos 12 anos. Logo, aprendeu a técnica do martelinho de ouro, que desamassa a lataria de veículos sem precisar de pintura nova.

“Lá tem tudo quanto é tipo de carro, mas o forte deles são as SUV. Camionetes não fizemos nenhuma! Se vi umas 10 andando por lá em dois meses e meio, é muito. Agora os carros são diferentes. As latarias são as mesmas dos nossos, mas os carros mudam bastante os modelos. Tem uns que tem aqui também, mas a maioria diferente. Lá eles tem marcas diferentes como Opel, Dacia, outras linhas de montadoras”, frisou.

Aprendizado
Além de Taquinho, outros brasileiros que já residem no exterior há algum tempo auxiliaram na empreitada. “Do Brasil só fui eu. Tinha um brasileiro que trabalhou com nós também, ele está há dois anos e meio lá. É daqui de Joinville, inclusive. Outro brasileiro, do Rio de Janeiro, também está lá há alguns anos e nos ajudou”, comentou.

O rio-negrinhense já trabalhou em outras oportunidades com este amigo e ex-professor que o convidou, inclusive na Argentina. Agora, com a experiência adquirida em solo europeu, Taquinho afirma que aprendeu novas técnicas para implementar na Tacocar, oficina em que é proprietário.

“Aprendi bastante lá. Ferramentas diferentes, outros tipos de técnicas que trabalham e vai me ajudar aqui. Aprendi muito, principalmente sobre as ferramentas, uns macetes diferentes que fazem lá. Foi bom, vai agregar bastante pra gente. E experiência, né! Fiquei todos esses dias trabalhando sábado o dia todo e alguns domingos. Quanto mais trabalha, melhor fica”, concluiu.


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