O diretor-presidente do Serviço Autônomo Municipal de Saneamento Básico (Samae) de Rio Negrinho, Valdir Firmo Caetano, respondeu a questionamentos dos vereadores durante sessão extraordinária realizada na manhã de quinta-feira (12). A convocação do gestor da autarquia é fruto de um requerimento aprovado no final do mês passado na Câmara de Vereadores, e encabeçado pelos vereadores Anderson Patrick de Castro (PP), Manoel Alves Neto, o Maneco (UB) e Nedlin Sacht Padilha (Novo) após o Samae ter sido notificado pela Vigilância Sanitária estadual.
No auto de infração emitido pela Vigilância Sanitária foram citadas mais de 60 irregularidades que teriam sido constatadas durante fiscalizações realizadas no decorrer de 2024 e também nos primeiros meses desse ano. Alguns apontamentos contestam a qualidade da água entregue a população, ausência de licenças ambientais e de outorgas para uso de recursos hídricos, falta de planos essenciais como o de Segurança da Água e o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, e a não apresentação de laudos de análises da água.
Durante a sessão, Valdir Caetano destacou que entre as irregularidades apontadas, muitas diziam respeito a parte documental da autarquia e que estas poderiam ter sido sanadas caso a fiscalização tivesse solicitado esses documentos em vez de não somente emitir a notificação. Segundo ele, mais da metade das situações apresentadas no relatório da Vigilância Sanitária já foram resolvidas pela autarquia, e outras ainda dependem da emissão de laudos e licenças de entidades de fora do município, como o Consórcio Quiriri.
O diretor reafirmou que a água disponibilizada pelo Samae no município é própria para o consumo e que Rio Negrinho deve se orgulhar também por poder contar com uma cobertura superior a 90% do esgoto sanitário, índice muita acima de cidades vizinhas como São Bento do Sul e Mafra
Samae é+
Assunto que costuma gerar debate dentro das sessões do legislativo, o programa Samae é+ também esteve entre os questionamentos feitos pelos vereadores ao diretor da autarquia. Um desses questionamentos foi com relação a utilização de servidores da autarquia que, segundo os vereadores, poderiam estar trabalhando na manutenção das redes de água e esgoto do município, mas que estariam sendo remanejados para a construção dos parques do Samae. Além disso, os parlamentares também questionaram a diferença entre os valores previstos para o programa e o que realmente teria sido aplicado na construção dos espaços.
Caetano afirmou que o trabalho realizado pelos servidores junto aos parques não compromete a manutenção das redes, visto que o mesmo acontece de forma paralela e sem prejuízo a população. Valdir também fez um comparativo com o município de São Bento do Sul, onde afirmou que o Samae vem promovendo a construção de espaços públicos como parques, mas onde não há críticas demasiadas dos vereadores como em Rio Negrinho. Também sobre o assunto, Caetano destacou que a cidade conta atualmente com 10 parques, com quase um por bairro, e que tal medida é resultado da boa gestão financeira do Samae.
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