O prefeito Fernando Tureck (PMDB) respondeu nesta quarta-feira (13) algumas das críticas feitas pelo vereador Tirso Hümmelgen (DEM) durante a sessão de terça-feira (12) na Câmara de Vereadores. Tirso reclamou da falta de repasses ao Hospital e Maternidade Sagrada Família, no entanto, conforme o prefeito, pela primeira vez nos últimos 15 anos houve aumento (20%) no repasse feito pela Prefeitura para a UTI. Neste ano também houve reajuste de 8% na hora-plantão dos médicos do pronto-socorro e de 50% no valor do sobreaviso dos profissionais de ortopedia, neurologia, clínica médica e pediatria.
Tureck também reafirmou que o governo do Estado deve ao Município mais de R$ 1 milhão em repasses, incluindo recursos para o hospital. “Em várias oportunidades tivemos que usar recursos do Município para custear a hemodiálise e, assim, evitar a interrupção desse serviço”, exemplifica. Também os valores que ultrapassam o teto do SUS, ocasionados, geralmente, pelo atendimento a pessoas de municípios vizinhos, não vem sendo repassados pelo Estado.
Quanto à construção do Centro Integrado de Saúde (CIS) − que ficará no pavimento superior da rodoviária −, o prefeito informou que a obra está respeitando o cronograma. “A lotérica saiu do local, e o Procon já tem uma nova sede definida, ficará onde funcionava a Emeja”, destacou. Até julho, o local onde funciona a lanchonete será desocupado, e uma área no térreo será adaptada para a venda de lanches rápidos. “Com o espaço desocupado, iniciaremos as adequações necessárias para a instalação do Centro Integrado de Saúde”, conta Tureck.
Construção da unidade de pronto-atendimento
Sobre a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Tureck esclarece que o projeto não tinha as mínimas condições de ser executado e mostra toda a documentação que comprova essa avaliação. Em 2012, o governo federal havia repassado apenas 10% da verba para a construção. O compromisso do Município, assumido pela gestão passada, era entregar até 6 de janeiro de 2013 toda a documentação técnica da obra. “Não gosto de ficar falando sobre falhas cometidas pela gestão anterior, mas não tenho como deixar de dizer que tínhamos apenas três dias úteis para providenciar toda a documentação da UPA e não tínhamos nem sequer o terreno para projetar a construção, portanto, algo humanamente impossível”, disse o prefeito.
Outro agravante, no caso da UPA, é que os técnicos da Amunesc consideraram inadequada a área em que a gestão anterior cogitava fazer a construção. “E essa área não pertencia ao Município, apesar de uma pessoa ligada à administração passada ter viajado para a Alemanha para tentar negociar com o proprietário”, observa. A manutenção da UPA custaria em torno de R$ 500 mil por mês, dos quais somente R$ 100 mil viriam do governo federal.
Com relação à implantação do terceiro turno nos postos de saúde, o prefeito afirmou que o compromisso assumido em seu plano de governo já foi cumprido. Nos postos de saúde dos bairros Cruzeiro, Centenário e Serra Alta, os mais populosos, o atendimento ocorre até 21 horas.
