Na sexta-feira, de forma oficial, o governador Raimundo Colombo (PSD) encaminhou ofício para o PMDB, convidando o partido a indicar o candidato à vice na chapa encabeçada por ele ao governo do Estado. Também foi enviado ofício ao PP, convidando os progressistas para que façam parte da aliança ao governo do Estado e indiquem um nome para concorrer ao Senado. Do lado do PMDB está praticamente sacramentado o nome do atual vice-governador, Eduardo Pinho Moreira, para concorrer à reeleição.
Já o PP vai indicar o nome do deputado estadual Joares Ponticelli. Apesar das especulações em torno do nome do deputado Sílvio Dreveck, ele irá mesmo à reeleição. Com isso, há progressistas que analisam da seguinte forma. Como ninguém está contente quanto à possibilidade de estar aliado ao mesmo grupo do PMDB, e Ponticelli será o nome indicado para o Senado, então haverá pressão contrária dos peemedebistas, principalmente, do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que tem sérias divergências com o deputado do PP.
Aí então, restará ao PSD escolher entre um e outro e, como o PMDB tem mais votos e a participação em 70% dos cargos do governo, a opção seria pelos peemedebistas. Desta forma, o PP seguiria para uma coligação com o PSDB, do senador Paulo Bauer, indicando o candidato à vice na composição. Como as bases do PP não querem aliança com Colombo, esta é a expectativa.
Mais problemas
Em o PP não fazendo parte da aliança, o PMDB certamente vai brigar pela vaga de candidato ao senado. Caso isso se confirme, na chapa os peemedebistas terão o candidato a vice-governador e o candidato a senador. E, será que o PSD vai aceitar? Afinal, tendo tão somente Colombo na disputa, seu partido ficará relegado à coadjuvante e será sufocado pelo PMDB.
Bases descontentes
Mas, o maior problema de todos é que as bases, tanto de PMDB como de PP, não estão contentes com as negociações tramadas por poucas lideranças, em Florianópolis. São políticos que estão mais interessados em garantir seu próximo mandato do que no bem coletivo. Tanto que colocar PMDB e PP no mesmo palanque é igual a querer misturar água e azeite. Não tem como.
Outro risco
Se as lideranças fizerem um acordo sem aprovação das bases, também há sérios riscos de, tanto PMDB quanto PP descarregarem os votos em outro candidato, principalmente, para o Senado. Com isso, quem poderia ter vantagem é Leonel Pavan, que deverá concorrer pelo PSDB. Sem o PP fazer o senador, qual força o partido teria num futuro governo de Colombo? E, sem força política, os progressistas poderiam contar com as benesses do governo que, em tese, seria comandado pelo PMDB? Ou os peemedebistas mostrariam força para sufocar, ao mesmo tempo, tanto PSD quanto o PP?