Quinta-feira, 17 de abril de 2025

Número de crianças e adolescentes que precisam de lar provisório preocupa em São Bento

Serviço precisa de mais lares para garantir proteção a crianças em situação de vulnerabilidade

• Atualizado 14 dias atrás.

O número de crianças e adolescentes que precisam de um lar temporário ainda é preocupante. Alguns, por questões relacionadas à desestrutura familiar, são retirados de ambientes tóxicos devido a vários fatores, como álcool, drogas ou violência, e precisam ser abrigados em um lugar seguro.

Com mais de 20 anos de atuação em São Bento do Sul, tendo sido implantado em 2002, o serviço de “Famílias Acolhedoras”, vinculado à Secretaria de Assistência Social, visa garantir o bem-estar de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Uma equipe composta por profissionais como pedagogo, assistente social e psicólogo trabalha para organizar a estrutura para que esses menores tenham abrigo seguro e uma vivência saudável enquanto aguardam decisões judiciais, sendo que muitos são direcionados para adoção. Cabe à família acolhedora, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garantir um ambiente e uma vivência saudável ao menor, enquanto os trâmites para definir seu futuro são tratados legalmente.

Alex Schlepka destaca que a prioridade do serviço é garantir o bem-estar, mas, para isso, é necessário trazer mais famílias para o projeto, a fim de ter opções de lares para abrigar os menores. “No ano de 2023, tínhamos cerca de 33 mil crianças acolhidas no Brasil, ao passo que apenas 8% dessas estavam em Famílias Acolhedoras. Outros países, como os EUA, contavam com 75% desse número de crianças em lares provisórios (FA)”, disse o coordenador do projeto. Segundo ele, existe uma situação cultural que precisa ser mudada. “Precisamos trabalhar mais para despertar nas famílias o interesse em fazer parte desse projeto e oferecer esse gesto de amor”, segue.

Lar provisório
Uma questão muito importante, que as famílias precisam saber, é que ser “Família Acolhedora” não significa ser uma família adotiva. Trata-se de um processo temporário, que pode variar de uma semana até dois, três anos ou mais. “Não se trata de adoção. Essa é uma outra doação. A Família Acolhedora nem pode ter interesse em adotar; ela precisa estar aberta para abrigar essa criança por um período temporário”, pontua Alex.

Quem pode
Para ser Família Acolhedora, é necessário ser maior de idade e ter disponibilidade de tempo, como em uma convivência normal. Não pode haver qualquer tipo de vício em agentes nocivos à saúde, ou seja, não é admitida a participação de famílias com membros dependentes de produtos psicoativos. Além disso, as pessoas não podem ter respondido ou estar respondendo a processos criminais. “Existe uma lista de exigências para que a guarda provisória de um menor seja confiada. Hoje, temos uma grande dificuldade em conseguir famílias interessadas em acolher adolescentes. Daí entra a necessidade de um abrigo institucional”, acrescenta.

Todas as famílias interessadas podem buscar mais informações na Secretaria de Assistência Social, onde poderão realizar o cadastro. É importante saber que a primeira entrevista para iniciar a preparação para receber os menores só pode ser realizada com a presença do casal.

Equipe
Atualmente, quatro profissionais estão diretamente ligados ao serviço de Família Acolhedora em São Bento do Sul: o pedagogo Alex Schlepka, que é o coordenador do projeto, a pedagoga Claudiceia Terres, a psicóloga Mirela Fix e a assistente social Viviane Hinke.

Faça parte
Mais informações sobre como fazer parte do projeto e sobre as datas de eventos preparatórios podem ser obtidas pelo WhatsApp (47) 3633-7436.


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