Envolvido no acidente ocorrido na madrugada do dia 17 de abril, o motorista da Pajero, Francisco Uhlick, com laudos em mãos, dá a sua versão do acidente que resultou na morte do jovem Rafael Gebhard Himpel, 18 anos. Na colisão, um Uno também acabou se envolvendo.
Conforme o motorista da Pajero, ele seguia sentido Rio Negrinho/São Bento, logo atrás do Uno com placas de Três Barras. Próximo ao acesso da Associação Esportiva e Recreativa Oxford, viu o Celta dirigido por Rafael invadir a contramão, bater no Uno em que viajavam três pessoas da mesma família e, em seguida, acertar de frente sua caminhonete. O impacto da batida foi tão forte que tanto o Uno quanto a Pajero capotaram.
Logo após a batida, ele conta que outro carro parou no local, e o motorista o ajudou a sair pela janela. Em seguida, por causa das dores no corpo, foi levado para o hospital. “Tenho todos os laudos, tanto médicos quanto da própria Polícia Rodoviária Estadual para comprovar que não fui eu o causador do acidente”, garante.
Sua maior preocupação, agora, nem são os reflexos da colisão, mas as ameaças que vem sofrendo de amigos do rapaz morto. Conforme Uhlick, no domingo à noite, um grupo de jovens o agrediu com socos e pontapés em uma lanchonete de Oxford. Todos foram identificados e deverão comparecer em audiência ao Fórum. “Eu também lamento a morte de um jovem. Jamais queria que isso acontecesse, mas eu não tive culpa alguma”, lamenta.
Rafael também havia se envolvido em outro acidente de trânsito, alguns dias antes, capotando o carro de sua família. De acordo com o motorista da Pajero, a provável causa do acidente foi o excesso de velocidade do carro do rapaz. “Foi muito rápido. Só vi uma luz alta vindo em minha direção e depois a pancada. Pelo barulho, até pensei que era um caminhão”, conta, ainda com as marcas de ferimentos causados pela batida.