“Um momento de desespero e sofrimento”, é assim que Melissa Figueira Pachesen descreve a experiência de ter sua casa invadida pela água recentemente. Ela relata que fica aflita a cada dia de chuva que incide sobre a cidade. Sem conseguir dormir à noite e mesmo depois de recuperar alguns pertences danificados pelo alagamento, a família optou por deixar a casa própria e morar de aluguel em uma área mais segura, temendo que o episódio pudesse se repetir.
Morando há 18 anos na Rua Frederico Keil, no bairro Schramm, juntamente com seus pais e irmãos, Melissa conta que, durante períodos de chuvas intensas, a rua sempre fica alagada. Contudo, nesta ocasião, a tragédia foi ainda maior, submergindo as residências.
“Nunca imaginamos passar por essa situação. A água subiu muito rápido e tivemos que gritar por socorro, quando o vizinho nos resgatou pelo telhado. Com nossos cachorros no colo, saímos somente com as roupas do corpo”, lembra, emocionada.
Ilhados no segundo andar da casa ao lado, a família e outros moradores precisaram ser resgatados de barco com a ajuda dos bombeiros. “Foi um momento desesperador. No dia seguinte, reunimos forças para limpar e recomeçar, mas muita coisa se perdeu. Com o período intenso de chuvas, o trauma se agravou, com receio de uma repetição do ocorrido. Na semana passada, após um forte temporal, a água começou a sair pelos bueiros e a alagar tudo novamente, e foi então que decidimos procurar outro lugar para morar”, relata Melissa.
Problema antigo
Dias após o ocorrido, o secretário de Obras, Luiz Neri Pereira, conhecido como Magrão, disse que se reuniu com os moradores da via e reconheceu que a situação é histórica, com vários registros de alagamentos ao longo dos anos.
“Estivemos no local com nossa equipe de tubulação pluvial, engenheiros e outros profissionais para desenvolver um projeto inicial, que inclui uma nova linha de tubulação para melhorar o escoamento da água, o que requer passagem pelo terreno de alguns moradores. Em conjunto com a Secretaria de Planejamento, estamos atuando nesse processo, buscando atender às necessidades das famílias da região”, explicou.
Enquanto uma solução definitiva não se concretiza, além da família de Melissa, três outros moradores da Rua Frederico Keil abandonaram suas casas e buscaram novos locais para viver, à espera de uma resolução.
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