Sábado, 19 de abril de 2025

Montador acha R$ 4 mil e devolve ao dono

• Atualizado 1 anos atrás.

O que você faria se encontrasse R$ 4 mil na rua ou em outro lugar? Em tempos difíceis, situações como essa balançam qualquer um, mas não o montador de móveis Leandro Wendt.

Enquanto realizava a desmontagem de um guarda-roupas, ele encontrou dois envelopes contendo R$ 2 mil cada, embaixo das gavetas do móvel. Sem hesitar, procurou quem o contratou e falou sobre o achado, pedindo que o valor fosse devolvido para seu dono.

Leandro conta que foi procurado por um cliente, dono de uma corretora de imóveis, para desmontar um roupeiro deixado por uma inquilina que havia desocupado o apartamento há cerca de 15 dias.

“Ele alugou para outra inquilina e essa antiga moradora vendeu o roupeiro para ele, mas precisava tirar que a outra inquilina não queria. Só estava os roupeiros no apartamento. Desmontei o primeiro, aí fui desmontar o segundo. Quando tirei as gavetas, vi dois envelopes. Achei que eram fotos ou alguma coisa assim, mas abri e contei, tinham R$ 2 mil em cada envelope”, disse.

Ele deixou os envelopes de lado, terminou a desmontagem do móvel e ligou para a corretora, perguntando quem morava ali e pedindo um telefone de contato. Questionado pelo corretor sobre o motivo, Leandro afirmou que tinha achado um malote de dinheiro. O corretor teria rido quando ouviu, mas ao saber da veracidade, foi ao encontro de Leandro e se comprometeu a depositar o valor para a dona dos envelopes.

“Ele entrou em contato com ela e ela nem sabia que tinha isso, depois lembrou que tinha escondido com medo de roubo. Agora dia 4 de novembro é aniversário dela, já é um presentão, né?”, comentou.

Por mais que o valor seja alto, Leandro afirma que não pensou em momento algum em ficar com o dinheiro. “Tem várias pessoas e cada um tem um pensamento. Passa mil coisas na cabeça. Poderia estar lascado na vida, mas pegar o dinheiro é só um momento. Vai que pega uma cama de hospital, aí sai mais caro”, frisou.

Envelopes com o dinheiro encontrados pelo montador

Por mais honestidade
Ele contou que vendia picolé dos 7 aos 14 anos, idade em que começou a trabalhar na Móveis América.

“Esse dinheiro seria muito bem vindo. Graças a Deus tenho bastante trabalho. Desde que comecei a trabalhar com o público, tenho muita confiança de clientes que me dão a chave da casa e dizem para ficar a vontade. Só monto o que precisa ser montado, não vou ver o que tem dentro da geladeira. Já achei moedas, R$ 10, R$ 20 e sempre devolvi”, ressaltou.

Para ele, se as pessoas fossem mais honestas, o mundo seria muito diferente. “Tem mais pessoas que gostam de fazer golpe e ganhar dinheiro fácil do que suado, mas uma hora a casa cai. Eu já levei calote no meu trabalho, mas nem por isso vou roubar de alguém”, disse.

“Esses dias, na Schlactfest, estava vendo o desfile, fui no banheiro e fui colocar o celular no bolso e caiu. Um rapaz me chamou e avisou que tinha derrubado o celular. Agradeci ele, se fosse outra pessoa, nunca mais. O mundo não está perdido, ainda tem pessoas boas”, completou.

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