O jornalista são-bentense Henrique Fendrich, 26 anos, que vive em Brasília atualmente, prepara o lançamento de um livro com a genealogia da família Fragoso, que, segundo ele, já habitava a região antes mesmo da chegada dos imigrantes em São Bento do Sul. “O trabalho já está bem avançado, e espero concluir até o final do ano”, conta. Em breve, Henrique também pretende disponibilizar na internet o livro São Bento no Passado, de Josef Zipperer, sobre os primórdios da colonização na região. “Já está em domínio público”, explica. “É um livro difícil de achar, mas essencial, porque é o mais antigo e, na internet, todo mundo vai poder consultar”.
O jornalista – que viveu no bairro 25 de Julho e depois no Centro – relata que, nos últimos anos, tem trabalhado com várias fontes de pesquisa já disponibilizadas online, como jornais, registros civis e de igreja. “Isso tem facilitado bastante as minhas pesquisas daqui de Brasília”, narra ele, contando que, apesar de viver na capital federal, mantém o interesse pela história de São Bento do Sul e continua escrevendo artigos específicos sobre o tema.
Henrique também tem no Facebook a página São Bento no Passado, que conta com quase 900 membros. “Há uma boa participação e contribuição das pessoas”, revela. Em 2013, o são-bentense lançou o livro O Imigrante Anton Zipperer e também o de crônicas, Brasília Quando Perto. O primeiro destaca informações sobre o passado de uma das primeiras famílias imigrantes de São Bento do Sul, enquanto o segundo trata da sua adaptação à cidade projetada por Oscar Niemeyer. Henrique ainda edita a revista digital de crônicas denominada Rubem e atua como jornalista em uma consultoria ambiental. Para tanto, eventualmente até cobre reuniões do Congresso Nacional. “Nunca cheguei a acompanhar uma sessão do plenário, mas já fui a várias reuniões de comissões e audiências públicas no Congresso. Nessas ocasiões, eu notei que, para um deputado, é impossível ser perfeccionista, ficar lá do começo ao fim, anotando tudo o que ouve, sem atender telefone. A sensação de tempo perdido é grande”, conta.