O governo federal não está cumprindo o que prometeu em campanha e aos municípios brasileiros, que seria a continuidade ininterrupta dos investimentos em cursos profissionalizantes. Em outubro, os coordenadores do Pronatec de cada cidade catarinense foram reunidos em Florianópolis para uma reunião que definiria os rumos dos cursos em 2015. Na ocasião, ficou estabelecido que todas as cidades deveriam informar até 10 de novembro os cursos de interesse e as entidades parcerias para que o governo pudesse avaliar e responder de que forma seriam feitos os investimentos. As respostas viriam até o final da primeira quinzena de fevereiro, mas as coisas parecem ter mudado de rumo.
Promessa de campanha
O Pronatec foi uma das principais bandeiras de campanha da presidente Dilma Roussef (PT), que reiteradas vezes afirmou: “Precisamos investir na educação profissionalizante. Aumentar os investimentos no Pronatec é um compromisso meu com os jovens e com as mães”, dizia. Em São Bento do Sul, só no ano passado, os valores repassados pelo MEC para o custeio do programa foi de R$ 57 mil, o que proporcionou a formatura de 750 alunos em diversos cursos.
Conforme a coordenadora do programa em São Bento do Sul, Rosângela Machado Fragoso, nenhum curso está autorizado e, antes de maio, o Ministério da Educação (MEC) não vai ter qualquer definição. “Esta é a informação que recebemos da Secretaria de Estado da Assistência Social, por onde passam os recursos enviados pelo MEC. Enquanto isso, não poderemos oferecer novas vagas para a população, que já aguardava as inscrições”, lamenta.
Alguns cursos tiveram início em dezembro, e esses estão ocorrendo em uma parceria com o Senai, que está atuando juntamente ao Senaic e Senac desde o início do programa, na condição de parceiros. No entanto, a situação estaria seriamente comprometida por conta da falta de repasses do governo federal, isso já no ano passado.