Terça-feira, 22 de abril de 2025

Frank Bollmann no degrau mais alto em premiação

Ocorre hoje, na sede da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), mais uma homenagem aos empresários que se destacam na busca pelo progresso. Dentre eles, está Frank Bollmann, principal dirigente do Grupo Tuper, com um prêmio nacional. Além do são-bentense, são reconhecidos pelos serviços prestados Avelino Bragagnolo (Avelino Bragagnolo S/A), Gerd Edgar Baumer (Weg), Hylário Zen (empresa Zen), João Carlos Brega (Whirlpool) e Vitor Mário Zanetti (in memoriam). Todos serão agraciados com a Ordem do Mérito Industrial de Santa Catarina. A outorga é o mais alto reconhecimento do setor no Estado.

A homenagem será feita em Florianópolis, durante solenidade que marca o encerramento da Jornada Inovação e Competitividade da Indústria Catarinense 2014. Mas o reconhecimento especial do dia será para o industrial Frank Bollmann, da Tuper, de São Bento do Sul, que receberá a Ordem do Mérito Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a mais alta comenda do setor no Brasil.

ENTREVISTA

Como está o desenvolvimento da cidade na sua avaliação?
Todas as inaugurações que estamos acompanhando na cidade nos enchem de alegria. Os empreendedores estão valorizando, cada vez mais, a cidade e reconhecendo o crescimento da qualidade de mão de obra, dando oportunidade para a comunidade trabalhar aqui.

E a Tuper? Onde entra nessas inaugurações?
Estamos presentes em muitos segmentos; na estrutura geral, contamos com a participação da Tuper no fornecimento dos seus produtos em aço.

Temos coisas que precisam de melhorias na cidade. O que falta?
Já fui prefeito de São Bento e sei como é difícil as coisas acontecerem como a gente deseja. Fizemos o que foi possível, assim como os demais que passaram pela administração o fizeram. O que me chateia um pouco é que a infraestrutura ficou um pouco estacionada, como a abertura de um novo acesso para o Centro.

Quem é Frank Bollmann

Formado em engenharia mecânica pela Udesc, ainda jovem, dedicou-se aos negócios. Na década de 1970, ao lado de seu pai, Ornith Bollmann, e dos empreendedores Leonardo Afonso Grosskopf, Odenir Osni Weiss e Roberto Gschwendtner, participou da construção, em São Bento do Sul, da Metalúrgica Sicap. A empresa cresceu e, ao longo dos anos, conquistou expressivo espaço no mercado de reposição de escapamentos automotivos. Em 2008, a companhia comprou a empresa Vanzin, de Xanxerê, e, com isso, consolidou a liderança nacional no segmento de reposição. Sob a liderança de Bollmann, o complexo industrial Tuper tornou-se uma das mais relevantes empresas brasileiras no setor de aço, sendo a quinta maior transformadora do país, com R$ 1,5 bilhão de faturamento em 2013 e cerca de 390 mil toneladas processadas. Atualmente, a companhia tem 2,5 mil funcionários e oito unidades de negócio. Nos últimos doze anos, a Tuper tem crescido, em média, 22% ao ano e estima faturar R$ 1,9 bilhão em 2014. A empresa tem participado de grandes obras de infraestrutura no Brasil e avança no segmento de óleo e gás. Seus produtos estão presentes na construção de aeroportos, estádios de futebol, além de obras de gasodutos que estão em andamento. Os produtos fabricados pelo Grupo Tuper estão presentes em muitas obras dentro do próprio município.

Em que sentido precisamos melhorar?
Nesse sentido, elaboração de projetos e estudos para a infraestrutura; a gente poderia estar mais à frente. Mas reitero que entendo a situação do poder público, no entanto precisamos ficar mais atentos ao desenvolvimento.

Mas o município depende, em partes, dos governos estadual e federal.
A participação dos governos é um assunto polêmico. O governo estadual teve suas dificuldades no início, reconheço. Mas estamos com uma estrutura um pouco inchada, gastando recursos que poderíamos aplicar em outras coisas. Porém, o governo está ciente e tem trabalhado para melhorar, tanto que esteve aqui em São Bento recentemente. Mesmo assim, entendo a necessidade de sermos um tanto mais contundentes nas reivindicações, afinal, estamos carentes se levarmos em conta a evolução de outras cidades.

Porém, estamos entrando numa outra época, ainda em recuperação por conta da crise econômica.
Correto, mas, em algumas cidades, como Jaraguá do Sul, os empresários não pedem, eles mandam. Colocam uma parte de investimentos de suas empresas, e o resto o governo precisa colocar. Mas vale acrescentar que algumas cidades, como esta, não sofreram tanto com a crise, tendo em vista que seus setores de atuação não foram afetados.

Mas a carga ao empresariado ainda é grande.
Sim, mas o fato a ser citado é que estamos crescendo como cidade graças aos investimentos na educação, isso vai fazer muita diferença. A carga tributária contra o empresariado é muito grande, juros altos e situações que desgastam muito o empresário. Principalmente o Partido dos Trabalhadores critica o empreendedor, mas o empresário, entendo, é um herói. Ele enfrenta as situações e busca alternativas para chegar ao sucesso pelo bem da comunidade.

E o que significa esse reconhecimento?
Costumo dizer que, na condição de cidadão e filho de São Bento do Sul, a gente tem um compromisso de trabalhar pelo crescimento que beneficie toda a cidade. Comecei a trabalhar com 14 anos na Cheve/Auto e sempre levei minhas atribuições com muita seriedade. O que estamos recebendo agora é resultado de muito empenho, estudos e investimentos sérios. Se hoje recebo essa comenda, é por sermos frutos do meio, mas, assim como eu, muitos outros empresários de Santa Catarina poderiam ser agraciados com esse título.

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