Família está na torcida por Dani Rauen: ‘Você já é vencedora em estar participando da maior competição do mundo’

Atleta são-bentense está em Paris, participando de sua terceira paralimpíada no tênis de mesa

• Atualizado 3 meses atrás.

A atleta são-bentense, Danielle Rauen, inicia sua participação nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 nesta quinta-feira (29). Dani competirá em três categorias no tênis de mesa: dupla mista, dupla feminina e individual. Desta vez, seus familiares e amigos acompanharão a atleta de longe, mas já estão prontos para torcer por ela.

Para os pais, Doralice e Amauri Rauen, a Dani, como é chamada por todos, é uma menina guerreira, corajosa, esforçada, carinhosa e dedicada. Essa dedicação levou Dani a ser convocada, aos 15 anos, para a Seleção Brasileira Paralímpica de Tênis de Mesa. No entanto, o esporte nem sempre foi algo profissional em sua vida.

Ainda no ensino fundamental, no Colégio São Bento, ela começou a jogar por brincadeira nos intervalos de aula. E em casa, não era diferente; o oponente era o irmão Alisson Rauen, e a mesa utilizada era a da cozinha, dividida por um cabo de vassoura. “Lembro que a bolinha era de desodorante”, recorda a mãe. O esporte começou a ficar mais sério para ela, e com nove anos, Dani começou a treinar com os professores Stuart Hofmann e Túlio Moreira.

Doralice explica que a mesa-tenista jogou por algum tempo na categoria olímpica e, mais tarde, se classificou na categoria paralímpica devido às lesões provocadas pela artrite reumatoide, uma doença que causa atrofia muscular e degeneração nas articulações, mas que pode ser estabilizada com tratamento.

Aos 15 anos, ela deixou a cidade natal e foi morar em Piracicaba, São Paulo, em busca de mais treinamentos e oportunidades. Doracile comenta que, na época, a vontade era estar com ela, mas devido ao trabalho, os pais ficaram em São Bento. “Ela foi sozinha e nos surpreendeu muito vivendo longe de todos”, diz. “Foi uma época muito difícil e ainda é, pois, ficar longe de quem amamos é muito doloroso. Mas temos que apoiar nossos filhos para que possam realizar seus sonhos”, complementa.

Contudo, a distância não separou a família; pelo contrário, fortaleceu ainda mais os laços. Após a Paralimpíada Rio 2016, a atleta se mudou para São Paulo, capital, o que facilitou as visitas da família. “Estamos indo com mais frequência para lá ficar com ela, pois, devido à agenda de campeonatos, ela vem poucas vezes para casa”, cita.

Acompanhando os jogos
Essa é a terceira Paralimpíada da qual Dani participa. Já foram muitos jogos e competições, e, sempre que possível, os pais acompanham a atleta para torcer de perto, seja em competições nacionais ou internacionais, afinal, ela já marcou presença em mais de 25 países.

Quando os pais não podem estar juntos, eles acompanham a atleta pelas redes sociais, mas sempre encontram uma forma de apoiá-la e torcer. “Cada competição e cada conquista é sempre muita emoção. Eu brinco que devemos ter nossos exames cardíacos em dia”, comenta a mãe.

E haja coração. Para a mãe de Dani, a competição mais marcante foi a Paralimpíada Rio 2016, a primeira em que a filha participou. Ela recorda que a família e um grupo de amigos foram assistir. Doracile lembra que a abertura foi no Estádio do Maracanã, e tanto a família quanto os amigos que estavam presentes se emocionaram ao ver a imagem de Dani exibida no telão. “É uma emoção enorme que jamais vamos esquecer”, diz emocionada.

Desta vez, a família decidiu torcer de longe. Doralice explicou que estavam planejando a ida para Paris, mas acharam melhor ficar por aqui. “Achamos melhor torcer à distância, pois ela está focada nos jogos”, complementa. No entanto, a distância não está impedindo as boas energias, e por aqui a torcida é grande. “Tem gente que nem conhecemos que está torcendo e mandando boas mensagens”, orgulha-se a mãe.

Mensagem para a Dani
Em entrevista para A Gazeta, os pais da atleta deixaram uma mensagem especial. “Dani, você está pronta para mais uma Paralimpíada. Treinou e se preparou muito. Acredite, confie e tudo dará certo. Não interessa a cor da medalha, toda medalha é uma conquista e se por algum motivo a medalha não vir, você já é vencedora em estar aí participando da maior competição do mundo. Estamos juntos sempre em todos os momentos. Te amamos filha. Boa sorte e Deus te abençoe”, finaliza.

Acompanhe mais detalhes sobre a competição de Dani clicando neste link.


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