Diante de toda a polêmica sobre o assessor parlamentar que responde a processo por Maria da Penha, nesta terça-feira (18) a ex-vereadora e idealizadora da Procuradoria da Mulher, Carla Hofmann, fez um desabafo e deixou de participar do grupo. “Não concordo de forma alguma com a maneira como a questão foi conduzida. A ex-vereadora Karin (Lili Fechner) e eu, bem como a vereadora Terezinha (Dybas) e Zuleica (Voltolini), fomos testemunhas das atitudes desse cidadão. Um agressor, sem limites e com um histórico de ameaças, inclusive contra vereadoras”, escreveu.
“Se esperarmos o trânsito em julgado de situações como essas, vamos continuar sendo cúmplices de violadores dos direitos das mulheres. Não posso, de maneira alguma, participar de qualquer grupo que tenha essa tendência. Assim, deixo minha nota de repúdio à procuradoria e também saio do grupo. Fica meu abraço sincero e meu desejo de que os valores que orientaram a procuradoria na Câmara sejam restaurados em algum momento”, encerrou Carla Hofmann.
Para ela, mesmo sendo um assessor indicado por um vereador, o presidente da Câmara também poderia, como responsável pelas portarias, fazer a exoneração sem necessidade de aprovação do vereador. Para Carla, este episódio recente e o ocorrido no início do ano, após a eleição da mesa diretora, “não foram tratados de maneira correta pela procuradoria”.
Muita gente tem perguntado, porém, A Gazeta não citou nomes, apesar de saber quem são o vereador responsável e o assessor alvo de tanta polêmica. O motivo para isso é não expor, principalmente, a mulher que fez a denúncia e deu início ao processo. Pois, nesses casos, infelizmente, ao citar o nome de uma pessoa, automaticamente acabam sendo envolvidos familiares que deveriam ser preservados.
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