“Eu não deixei o PP. O PP que me deixou”. Assim o presidente da Câmara de Vereadores de São Bento do Sul, Edimar Salomon (PP), define toda disputa interna travada com o próprio partido ao qual está filiado há décadas. O último capítulo desta novela aconteceu domingo (1), durante a sessão solene de posse e votação para definir o comando do Legislativo para os próximos dois anos. Salomon foi reconduzido, mas com votos de PSDB e PMDB. Os demais vereadores progressistas (juntamente com o PSB) votaram na chapa encabeçada por Marco Redlich (PP).
De acordo com Salomon, desde o período eleitoral o partido o teria deixado de lado e a torcida era que ele não se reelegesse. Tudo começou quando Edimar foi convocado para assumir interinamente a Prefeitura, durante período de férias do ex-prefeito Fernando Tureck (PMDB). Na sequência, Edimar votou contrário a um processo de abertura de investigação contra o ex-prefeito. Isso desencadeou então a reação de alguns integrantes mais radicais do PP.
Salomon agora diz que é hora de virar a página e seguir em frente. Por conta disso, pretende seguir com seu modelo de gestão na Câmara, votando e não travando projetos de interesse da sociedade. “Sempre agi desta forma e não vou mudar. Tudo o que aconteceu, para mim, é coisa do passado e agora é hora de olhar para frente”, pondera.
Mais detalhes deste embate partidário estão no jornal impresso de quinta-feira (5).