Um dos efeitos paralelos resultantes do número de furtos existentes no município é o crescimento da procura por serviços de câmeras e alarmes para aumentar a segurança das residências em São Bento do Sul. O serviço, que até pouco tempo atrás era exclusividade do setor comercial, agora já está sendo muito utilizado também em casas e apartamentos, de todos os tipos e classes sociais, com o objetivo de coibir a ação de assaltantes.
Josnei Ribeiro é proprietário da empresa Neitronic Eletro-Eletrônica, trabalha com a venda deste tipo de material há cinco anos. Segundo ele, existe sim um crescimento na procura, impulsionado pela busca cada vez maior por segurança.
Sobre os valores cobrados, Ribeiro lembra que atualmente também está mais em conta adquirir um alarme, com as opções de produtos que variam de R$ 450 a R$ 2 mil, sem a cobrança de mensalidade. “Está mais acessível e também com uma tecnologia maior”, diz.
Prevenção
Ribeiro destaca que a melhor maneira de evitar passar pela desagradável situação de chegar em casa e se deparar com a falta de alguns itens é a prevenção. “O alarme tem uma sirene audível e também disca pra cinco telefones fixos ou celulares para avisar que está disparando”, marca, destacando que 90% das pessoas que procuram pelo serviço e instalam algum tipo de alarme já foram assaltadas anteriormente.
Entre os locais de maior risco, o profissional não tem dúvidas. “Residências novas são muito visadas pelos bandidos, pois geralmente são casais jovens, todos os moradores da casa trabalham, os móveis são novos”, diz, destacando ainda que o setor de segurança tem apontado um crescimento de aproximadamente 24% ao ano em todo o Brasil.
Tranquilidade
O casal Sidenei Gauziski e Priscila Vieira Gauziski reside no Loteamento Itália e já foi vítima da ação dos assaltantes no local. No início de fevereiro, tiveram alguns pertences, como eletrônicos, joias e dinheiro, levados pelos ladrões. Após isso, decidiram investir ainda mais em segurança.
Aumentaram os muros e as grades da casa, além da instalação de câmera e alarme, para evitar que a situação volte a ocorrer. “A gente se sente mais a vontade, dá uma segurança maior”, destaca Sidenei.
Recentemente, o casal adquiriu um cachorro pastor alemão para ajudar na segurança do local, mas o ainda filhote também foi roubado dias depois. “Tinha que ter mais rondas e um trabalho específico para evitar que isso continue ocorrendo, uma investigação mais a fundo, os ladrões nem fazem mais questão de esconder que o lugar dos assaltos é aqui”, completa.
