Todos os dias, mais de 10 mil objetos simples e 1.350 correspondências registradas – que necessitam de assinatura – são entregues em São Bento do Sul, e ainda assim um grande número de pessoas não recebe a sua carta ou documento esperado. Atualmente, dez ruas do município têm o serviço suspenso, e todas pelo mesmo motivo, o número de cachorros soltos que inviabiliza a realização do trabalho do carteiro.
Ederson Berkembrock, gerente do Centro de Distribuição Domiciliária dos Correios de São Bento do Sul, destaca que geralmente estas entregas não são suspensas depois da primeira ocorrência de problema envolvendo o animal, e sim após uma sequência de entregas frustradas pelo cachorro perseguir a moto do entregador, o que muitas vezes pode até causar a queda do carteiro.
Em 2013, foram registrados 42 afastamentos de carteiros em todo o Estado, devido a quedas e lesões decorrentes de problemas com animais nas entregas. Só neste ano, já foram contabilizados 11 casos em Santa Catarina, sendo dois deles em São Bento do Sul.
Ruas com entrega suspensa
• Maria Cristina Treml;
• Ema Correa Pacheco;
• Frederico Maximiliano Weber – do número 198 até 199;
• Alois Liebel;
• Miguel Gschwendtner – do número 700 até o fim;
• Gilberto Dreveck;
• João Huebl;
• Dona Francisca – do número 2944 até 3113;
• Maria E. Slomecki;
• 12 de outubro.
Rio Negrinho
O centro de distribuição domiciliar dos Correios de São Bento do Sul também responde pelas entregas de Rio Negrinho. No município, a média diária de repasse é de cinco mil objetos simples e 700 objetos registrados.
Na cidade, apenas a rua Ewaldo Ritzman, no bairro Campo Lençol, após o número 1300, está com as entregas suspensas por conta de cachorros soltos, e Berkembrock destaca que, devido a uma lei municipal que obriga todos os imóveis a terem uma caixa de correspondência, o ritmo de trabalho na cidade flui de maneira mais ágil.
Após a suspensão da entrega em uma rua, os moradores do local são comunicados e recebem uma explicação de como regularizar a situação. Com o local em dia, basta avisar a sede que a rua não apresenta mais perigos, afim de que as entregas voltem a ocorrer normalmente.
Ruas novas
Para novas localidades passarem a receber o serviço de entrega dos Correios, é realizado um levantamento, que ocorre a cada dois anos. Berkembrock explica o que é necessário para ocorrer a liberação. “Para que seja iniciada a entrega, é necessário que o logradouro esteja oficializado pela Prefeitura, tenha placa indicativa oficial no início da rua, e todas as casas com caixinha e número visível na frente do imóvel”, destaca, lembrando que um novo levantamento será realizado ainda este ano.
Visando facilitar o trabalho dos carteiros e ainda para garantir que a sua correspondência chegue ao destino final intacta, Berkembrok sugere que a caixa receptora tenha, preferencialmente, as medidas ideias indicadas pelos Correios, que corresponde a uma abertura de 25 cm de largura e 2 cm de altura, sem conter partes cortantes, altura de 1,20m a 1,60 do piso e um espaço interno de 16 cm de altura, 27cm de largura e 36 cm de profundidade, tamanho considerado ideal para receber tanto pequenas cartas quanto envelopes maiores, jornais e revistas.
No período em que o repasse das correspondências nas residências está suspenso, as cartas ficam na agência dos Correios − localizada na rua Visconde de Taunay −, por aproximadamente 20 dias, e o proprietário da correspondência deve ir até o local retirar. Quem reside em novas ruas e em perímetro rural – onde não é realizado entregas − deve também procurar as correspondências na agência.