Campo Alegre passará a contar com uma nova e moderna estrutura para tratar e distribuir água na sua região urbana. Na última sexta-feira (22), os equipamentos da nova Estação de Tratamento de Água (ETA) começaram a ser instalados no município. O maquinário substituirá o antigo sistema de filtros, utilizado por mais de 40 anos, e garantirá maior qualidade na água tratada para os moradores.
A nova ETA, que utilizará o sistema de ultrafiltração, chegou em cima de uma carreta na tarde de quinta-feira (21), sendo muito comemorada pela equipe. “É um sonho, um compromisso que tivemos nesta gestão, sabendo que água é qualidade de vida e saúde. São 40 anos que nossa estação já estava no limite. Fico muito feliz, este é o momento em que faremos história para Campo Alegre”, ressaltou a prefeita Alice Grosskopf. “Estamos muito felizes com esta nova estação adquirida pelo município. É uma estação ultramoderna, uma tecnologia que trará um ganho na qualidade da água produzida e na capacidade”, completou o vice-prefeito Matheus Fuckner (MDB).
Utilizando o sistema atual de filtragem, a capacidade de produção é de 12 litros por segundo. Com a nova estação, o número quase dobra. “Hoje, trabalhamos com dois filtros e uma capacidade de produção de água de 12 litros por segundo, abastecendo a região central. O restante da cidade é abastecido por poços artesianos. Esta nova ETA tem uma capacidade total de 30 litros por segundo. Hoje ela vem com dois módulos, atendendo até 20 litros por segundo, e futuramente, dependendo da demanda, podemos colocar outro módulo para chegar a 30 litros por segundo”, explicou Thaynara Santos Svaldi, engenheira ambiental do município.
A estação compacta utilizará membranas no processo de ultrafiltração da água. “O que temos hoje é basicamente um filtro com várias camadas, como pedra e areia; a água passa e faz a filtração. Agora será feita a filtração por membranas. Vamos precisar de muito menos produtos químicos, e a capacidade de remoção de patógenos será de 99%. O vírus do coronavírus, por exemplo, não passaria por essa membrana porque o tamanho dele é maior que o diâmetro das membranas. É algo bem moderno”, ressaltou a profissional.
Obras de instalação
O local que recebe a nova ETA foi preparado ao lado do atual sistema de filtragem, com conclusão prevista nos próximos dias. Além disso, será necessário capacitar os operadores para o novo sistema. “Teremos um período em que esta ETA será supervisionada remotamente por nós e pela empresa responsável pela instalação. Ela vem toda automatizada; há locais em que nem há operadores”, frisou Thaynara. “Ela produzirá de acordo com o nível do reservatório. Se o reservatório está baixo, ela produz mais e automaticamente dosa a vazão necessária para o momento. O intuito dessa estação é não parar, ela consegue fazer esse equilíbrio”, completou.
Conforme Filipe Gonçalves da Silva, engenheiro sanitarista da prefeitura de Campo Alegre, o sistema automatizado também diminuirá o risco de falha humana. “Em muitas companhias, os operadores ficam monitorando os níveis e tomam decisões quando o reservatório já está extravasando. Esta estação não deixará isso acontecer”, enfatizou.
Qualidade de vida
Além da modernização dos equipamentos, o novo modelo de tratamento garantirá maior qualidade na água distribuída aos moradores. “Esta ETA trará um acréscimo na produção, conseguiremos atender mais, e principalmente oferecer maior qualidade. A população perceberá a diferença na qualidade da água”, comentou Thaynara.
Durante as instalações, serão realizadas as substituições da tubulação existente, bem como a limpeza de outros componentes. “A ideia é deixar produzindo à noite para encher o reservatório e evitar o desabastecimento durante a instalação”, concluiu a engenheira. O custo total do novo equipamento é de pouco mais de R$ 1,5 milhão, e a aquisição pelo município foi feita através de emendas dos deputados federais Darci de Matos (PSD) e Hélio Costa (PSD).
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