Terça-feira, 22 de abril de 2025

Catadores pedem mais incentivos

A presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis, Sandra Alves de Lima Carvalho Machado, ocupou a Tribuna Popular Livre, segunda-feira à noite, na Câmara de Vereadores. O objetivo foi buscar apoio dos vereadores para fazer com que a entidade saia da crise e possa desenvolver novos trabalhos.

De acordo com a presidente, a maior preocupação no momento é uma dívida junto à Receita Federal, no valor de R$ 20 mil, a qual impede que a cooperativa obtenha novos incentivos fiscais junto a governos e entidades ligadas a grandes grupos empresariais, como o Instituto Vonpar, da Coca-Cola.

Além disso, com uma queda considerada drástica no volume de material processado, os ganhos dos catadores atualmente não ultrapassam os R$ 500 ao mês. “Trabalhamos das 8 às 17 horas e ganhamos R$ 400”, revela. E, deste valor, os catadores ainda precisam descontar 11% que é pago a título de contribuição previdenciária.

De acordo com a presidente, do material recebido na cooperativa atualmente, boa parte é lixo, como papel higiênico e até absorventes íntimos. “Vocês não tem ideia do que a gente recebe lá. É quase tudo lixo”, reclama. E, por causa disso, ela teme que a cooperativa feche as portas. “Já bati na porta de muitos prefeitos, mas se continuar desta forma a cooperativa vai fechar as portas”, disse.

“Precisamos de ajuda. Já pedi pro prefeito, fui em reuniões, mas para ter ideia a última reunião durou cinco minutos apenas, em cinco minutos não da para falar nada”, explicou. Sandra deixou claro que a intenção dos cooperados é que o poder público faça o pagamento desta dívida para que a cooperativa possa buscar por benefícios. “Que se quitada esta dívida com a Receita Federal, o resto a gente ajeita”, garante.

Apoio é dado
O prefeito Fernando Tureck (PMDB) explicou que, para a Prefeitura, a cooperativa é considerada uma grande parceira, principalmente, pelo papel desempenhado no processo de reciclagem. Ainda quanto à destinação de material, o prefeito explica que a Prefeitura paga pelo serviço de recolhimento, por meio da Transresíduos, e o material coletado é destinado para a entidade.

Quanto à dívida, o prefeito explica que a Prefeitura não pode destinar recursos públicos para efetuar este tipo de pagamento, mas alternativas para apoiar o trabalho dos catadores estão sendo estudados. “Temos o máximo interesse em manter a cooperativa e vamos trabalhar para isso”, garante.

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