Um dos poucos exemplares restantes deste estilo, a chamada “Casa Christoff” foi tombada recentemente pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de São Bento do Sul (Compah). Construído em meados da década de 1930, o imóvel segue a arquitetura teuto-brasileira, apresentando características próprias, como telhado com grande inclinação, alvenaria de tijolos maciços rebocados apoiada sobre embasamento alto, pavimento térreo e sótão.
Localizada na Rua Antônio Kaesemodel, no bairro Rio Negro, a casa segue o padrão popular das casas teuto-brasileiras, com formato retangular, com destaque para a varanda frontal, sendo esta uma mudança do modo construtivo da época para a adequação ao clima quente e as chuvas de verão. O acesso principal se dá pela fachada frontal, que é descentralizado e demarcado pela escada de acesso que acompanha a topografia natural do terreno.
De acordo com o parecer que embasa o tombamento, no início dos anos 1980 foi construído um anexo rente aos fundos da edificação já existente. “Posteriormente, em 1985 mais um volume foi adicionado”, aborda o documento, explicando que mais uma ampliação foi feita por volta de 2004.
Ornamentação
“A casa é um exemplar de moradia modesta do imigrante, não apresentando grandes elementos decorativos, contudo, pode-se perceber a preocupação de ornamentação da varanda. Pequenos balaústres cimentícios de linhas geométricas retas compõem o guarda corpo da varanda, que se destaca como o principal exemplo de ornamentação do bem imóvel. A cobertura segue a solução tradicional da arquitetura teuto-brasileira. Composto por duas águas paralelas à rua, dispondo de uma sequência de tesouras simples, com dois caibros inclinados, unidos em ângulo no topo e apoiados no barrote”, completa o parecer.
Conforme o Compah, o piso da casa originalmente era de assoalho de madeira, mas recentemente sofreu alterações, sendo recoberto com piso laminado em todos os ambientes do térreo. “No sótão, o assoalho original sofreu intervenção pontual e teve adição de madeiramento novo. Os forros originalmente também eram de madeira e precisam de reparos pontuais para manutenção e conservação geral. No sótão, foi integralmente substituído por forro de PVC”, ressalta o conselho.
Nenhum outro
“Dentro do contexto do bairro, nenhum outro bem imóvel foi tombado até a presente data. Os exemplares das antigas construções foram se perdendo ao longo do tempo, dando lugar a construções recentes ou até mesmo sendo descaracterizadas por alterações e adequações aos novos usos”, destaca o parecer técnico.
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