Mesmo diante da dor da perda da filha Gabriela, de 10 anos, ocorrida na terça-feira (25) durante um incêndio na casa onde moravam, o casal Leandro Carvalho e Ivonete Aparecida Martins já vê a mobilização de vizinhos, amigos, familiares e voluntários para ajudar a família. A casa de madeira, localizada na Rua Cecília Schroeder, no Loteamento Morada do Sol, no bairro Campo Lençol, foi totalmente destruída, assim como os pertences da família. O velório e o sepultamento da menina foram realizados na tarde desta quarta-feira (26), no Cemitério Parque da Colina.
Não bastasse a perda irreparável da filha, o casal também perdeu todos os seus pertences, pois, devido às chamas, não foi possível retirar nada do imóvel. Maria Eduarda Marques da Silva, que mora na mesma rua onde aconteceu o sinistro, lançou uma vaquinha virtual ainda na noite da terça-feira (25), com o objetivo inicial de reunir R$ 50 mil para que a família pudesse custear o aluguel de um imóvel e comprar os primeiros itens de necessidade. Saiba mais detalhes sobre as doações neste link.
Parentes de Leandro e Ivonete, que estiveram nesta quarta-feira (26) em frente ao que sobrou da casa destruída pelo fogo e conversaram com A Gazeta, apesar de ainda não terem assimilado completamente a fatalidade, citaram o fato de que Gabriela sempre almoçava na casa da avó, que fica ao lado da residência tomada pelo fogo, e que, após a refeição, tinha o hábito de ir para casa. Como ficava sozinha, costumava trancar a porta.
Conforme relatório do Corpo de Bombeiros, ao chegarem ao local, as guarnições de incêndio e resgate encontraram o fogo já em fase de desenvolvimento completo, consumindo toda a residência, sendo que, de imediato, iniciaram também as buscas pela criança que, segundo populares, havia permanecido na casa. Os socorristas entraram no imóvel por meio de um buraco feito na parede pela Polícia Militar, localizando a vítima no banheiro, já sem sinais vitais. Saiba mais detalhes neste link.
Quanto às possíveis causas para o início do incêndio, somente o laudo solicitado pelo delegado Rubens Passos de Freitas poderá trazer respostas. “A gente pediu perícia para ver se conseguimos identificar a origem ou a causa. É difícil também, tendo em vista a destruição, o que restou. Mas vamos aguardar o laudo pericial para saber se é conclusivo ou não, porque é o protocolo da polícia: aguardar o laudo para identificar a causa do incêndio, se possível”, explicou o titular da delegacia de Rio Negrinho. Ainda segundo o delegado, a polícia não trabalha com a hipótese de crime no incêndio. “Tudo leva a crer que foi uma fatalidade, mas a gente aguarda os laudos”, encerrou.
Criança querida e educada
“O Leandro (pai de Gabriela) já teve a perda de uma filha de seis anos, há alguns anos, então perder mais uma filha, e ainda não ter para onde voltar, é muito triste, não dá para imaginar o que estão e ainda vão passar”, comenta Maria Eduarda, que diz lembrar de ver Gabriela brincando na rua. “Eu chego mais à noite em casa, mas todos ali que ouvi falar contaram que ela era uma menina muito querida e educada”, citou ela sobre a segunda tragédia enfrentada pela família.
Os relatos amorosos sobre a criança foram compartilhados também pela Escola Municipal Professor Pedro Henrique Berkenbrock, frequentada por Gabriela. Saiba mais neste link.
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